sábado, 2 de junho de 2012

«DESCARTES»



Fragata francesa de propulsão mista (vapor/velas), que fez parte da armada do imperador Napoleão III. Foi construída nos estaleiros de Rochefort (França) em 1844 e chamou-se primitivamente «Gomer», embora nunca tenha navegado com esse nome. Era um navio com três mastros (aparelhados em barca e podendo arvorar 1 790 m2 de pano) e equipada com uma máquina a vapor de origem holandesa, desenvolvendo uma potência de 1 200 cv. Deslocava 1 800 toneladas e media 70,45 metros de comprimento por 12,65 metros de boca por 5,15 metros de calado. O «Descartes» estava armado com um número indeterminado de bocas de fogo (várias dezenas) de diferentes calibres e tinha uma guarnição de 304 homens. Participou na guerra da Crimeia (1853-1856), tendo intervido em várias operações importantes desse conflito : bombardeamento do arsenal de Odessa, expedições de Kertch, tomada da fortaleza de Kinbum, etc. Em Maio de 1959 participou no bloqueio do porto de Veneza, numa operação intimidatória contra os Austríacos. Em 15 de Julho de 1867 o nome da fragata «Descartes» foi riscado da lista de efectivos da marinha de guerra francesa. E, posteriormente a essa data, recolheu ao arsenal de Brest (na Bretanha), onde foi desarmada e desmantelada. Curiosidade : o seu nome é o de um ilustre militar, filósofo, matemático e físico francês do século XVII, autor de «O Discurso do Método».

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