sábado, 19 de fevereiro de 2011

«PRINCIPESSA MAFALDA»


Paquete da companhia Navigazione Generale Italiana, assim chamado em honra da princesa Mafalda de Sabóia, uma das filhas do rei Vittorio Emanuele III. Este navio foi construído em 1908 no estaleiro da Società Esercizio Bacini, de Riva Trigoso. O «Principessa Mafalda» deslocava cerca de 12 000 toneladas e media 148 metros de comprimento por 17 metros de boca. Era servido por 287 tripulantes e tinha capacidade para receber 968 passageiros, distribuídos por três classes distintas. Colocado na rota da América do sul, este navio assegurava uma linha regular entre Génova e Buenos Aires, com várias escalas intermediárias. Em 1927, ano da sua perda, já se encontrava em muito mau estado, facto que provocava (ao que se dizia e escrevia) a desconfiança das companhias de seguros. Na sua última viagem, o «Principessa Mafalda» sofreu várias avarias, que o obrigaram a submeter-se a reparações nos portos de Barcelona e de Dacar, antes de empreender a travessia do Atlântico; mas, ao chegar diante das costas brasileiras do estado da Baía, o navio soçobrou, depois de se terem produzido, a bordo (segundo o testemunho de alguns dos sobreviventes), várias explosões. Lançados os SOS’s que a dramática situação exigia, apareceram no lugar do acidente (ocorrido ao largo do arquipélago de Abrolhos, em data de 25 de Outubro de 1927) vários navios, que salvaram a maioria dos passageiros e tripulantes do paquete italiano. Mesmo assim, pereceram no naufrágio do infortunado navio umas 300 pessoas, sendo a muitas delas passageiros da 3ª classe. Curiosidade : o «Principessa Mafalda» foi usado por Marconi para as primeiras experiências de transmissão radiotelegráfica entre a Europa e a América do sul.

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