segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

«CUNENE»


Navio misto (carga/passageiros), foi construído em 1911 no estaleiro Flensburger Schiffsbau S.G., de Flensburg, na Alemanha, e lançado à água com o nome de «Adelaide». Apresentava as seguintes características : 5 898 toneladas de arqueação bruta; 137 metros de comprimento; 17,74 metros de boca; 8,14metros de pontal. Movia-se graças a uma máquina a vapor, que lhe garantia uma velocidade de cruzeiro superior a 10 nós. Foi utilizado pelo armador de Hamburgo Deutsche Australische D.G. até Fevereiro de 1916, altura em que -por causa da guerra- o navio procurou refúgio no porto neutro de Luanda. Foi nesse porto angolano que, nesse mesmo ano, o «Adelaide» foi apreendido pelas autoridades portuguesas, ao mesmo tempo que dezenas de outros navios dos chamados Impérios Centrais eram confiscados nas nossas águas territoriais. Baptizado «Cunene», o navio (que era gémeo do «Inhambane», ex-«Hessen» e do «Machico»/«Luso», ex-«Colmar») foi, primeiramente, integrado na frota da recém fundada companhia de Transportes Marítimos do Estado e, posteriormente, emprestado à Grã-Bretanha, que o utilizou em operações de apoio à ‘Royal Navy’. Devolvido aos T.M.E. em 1919, o «Cunene» operou com as cores desse armador estatal até 1924, ano em que foi vendido à Sociedade Geral de Indústria, Comércio e Transporte (vulgo S.G.), que lhe conservou o nome. Colocado nas rotas de África, como a maioria dos navios da frota da companhia fundada em 1919 por Alfredo da Silva, o «Cunene» foi desactivado em 1955 -após 44 anos de vida útil- e desmantelado pouco tempo depois.

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