sábado, 5 de fevereiro de 2011

«LA FRATERNITÉ»


Veleiro francês de três mastros, construído para o comércio com as Antilhas, para onde (e de onde) terá transportado mercadorias diversas. Foi construído num estaleiro de Saint Malo (na Bretanha) em 1899 e chamou-se «Saint Pierre» nos seus primeiros anos de vida. Tinha casco de madeira, deslocava 477 toneladas e media 43 metros de comprimento. Adquirido no ano de 1902 pelo armador Hippolyte Chédru, de Fécamp (Normandia), foi modificado para, doravante, se dedicar à pesca do bacalhau nos Grandes Bancos. Em 1903, com o novo nome de «La Fraternité», o navio partiu para a sua primeira campanha de faina longínqua nos frígidos mares do Canadá. E logo nesse ano se ilustrou, ao salvar os 26 náufragos de um outro navio normando, o «Glaneur», do porto de Grainville, que se despedaçara contra um icebergue. O «Fraternité», que navegava com uma tripulação de 35/40 homens (pescadores incluídos), participou em 19 campanhas bacalhoeiras, entre 1903 e 1914. Depreendendo-se que, certos anos, tenha feito duas viagens anuais à Terra Nova. A partir de 1915, o navio dedicou-se à navegação de cabotagem, transportando mercadorias diversas, como nos seus primeiros anos de actividade. No dia 3 de Outubro de 1916, quando navegava -entre Port Talbot e Bordéus- com um carregamento de carvão, o navio foi interceptado pelo submarino alemão UB-18. Depois de ter procedido à sua identificação, o comandante do submersível fez evacuar todos os tripulantes do veleiro francês (que utilizaram as baleeiras) e afundou-o com as bombas que mandara colocar a bordo para o efeito.

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