terça-feira, 4 de janeiro de 2011

«PALMER»


‘Clipper’ construído em 1851 pelo estaleiro Westervelt & Mackay, de Nova Iorque, para o armador AA Low & Brother da mesma cidade. Era um navio de três mastros, com cerca de 1 400 toneladas de deslocamento, extremamente elegante e que media 62 metros de longitude por 12 metros de boca. O seu desenho era de tal modo sedutor, que uma maqueta deste veleiro chegou a ser exposta no Palácio de Cristal, de Londres, como exemplo do que melhor se fazia nos Estados Unidos da América, em matéria de construção naval. O «Palmer» participou activamente no comércio do chá com a China, datando desse tempo o recorde de 82 dias, que conseguiu estabelecer entre Xangai e Nova Iorque. Essa ‘performance’, realizada em 1858/1859, foi valorizada pelo facto do seu comandante -capitão Hingham- não ser um velho lobo do mar, mas um jovem com apenas 28 anos de idade. Sabe-se que este navio deixou a sua primitiva casa armadora em 1873 e que, quando -a 10 de Janeiro de 1892- foi abandonado pela sua tripulação em pleno Atlântico norte (em que circunstâncias ?) e engolido pelo oceano, estava registado no porto de Arendal e arvorava bandeira norueguesa. Bandeira que, curiosamente, nesse tempo de união entre os reinos da Noruega e da Suécia, não era exactamente aquela que hoje identifica o país dos fiordes.

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