quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

«50 LET POBEDY»


Quebra-gelos russo movido por energia nuclear. O seu nome traduz-se, na nossa língua, por ‘Cinquentenário da Vitória’ e faz alusão ao triunfo da U.R.S.S. contra o invasor hitleriano. O «50 Let Pobody» foi construído em Leninegrado (hoje São Petersburgo) pelos Estaleiros do Báltico, que o lançaram à água em 1993. Mas o navio só se tornou operacional em 2007, devido aos problemas financeiros que a Rússia enfrentou logo após o colapso do regime comunista. Este gigantesco quebra-gelos -o maior e mais poderoso jamais realizado- desloca 25 840 toneladas e mede 160 metros de comprimento por 30 metros de boca. A sua propulsão é assegurada por 2 reactores atómicos desenvolvendo uma potência global de 74 000 cv. Força que permite à sua proa (fabricada com aços especiais) estilhaçar placas de gelo com 3 metros de espessura. O «50 Let Pobody» (que é capaz de navegar à velocidade de 21 nós em mar aberto) funciona com uma tripulação de 140 membros e pode receber 128 passageiros; que são, geralmente, pessoas que residem nas localidades árcticas situadas na rota habitual do navio. Para tanto, o quebra-gelos possui cabines e instalações capazes de oferecer algum conforto aos viajantes, tais como piscina de água quente, ginásio, saunas, campo de voleibol, biblioteca, salão de música, restaurante, bar, etc. O navio, cuja exploração foi confiada ao armador Rosatomflot, tem a sua base em Murmansk e concentra a sua actividade no oceano Glacial Árctico, onde -com alguns outros dos seus congéneres- mantém permanentemente aberta uma rota à navegação comercial russa. Um helicóptero Mil Mi-8 faz parte do equipamento do navio. Curiosidade : o armador do «50 Let Pobedy» proporciona (desde há alguns anos) viagens de turismo de aventura nas regiões árcticas (nomeadamente ao Pólo Norte), mediante preços que podem atingir 25 000 dólares por pessoa, se a dita conduzir o postulante ao tecto do mundo. Mas o maior dos quebra-gelos resta, no essencial, um navio de trabalho, indispensável aos cargueiros que operam no mar mais perigoso do mundo.

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