quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
«ARCTIC SUNRISE»
Navio pertencente à frota da organização ecologista Greenpeace. O «Arctic Sunrise» é o antigo «Polarbjorn» (‘urso polar’, na nossa língua), de bandeira norueguesa, construído em 1975 no estaleiro de Vaagen Kyrksaeterora. Desloca 950 toneladas e mede 50 metros de comprimento por 11,50 metros de boca. Concebido para navegar todo o ano nos mares gelados do norte da Europa, o navio recebeu uma proa quebra-gelos e uma motorização (diesel) que lhe permite atingir a velocidade máxima de 13 nós. Muito activo, como aliás todos os outros navios da frota Greenpeace, o «Arctic Sunrise» participou em várias campanhas antibaleeiras. Em Janeiro de 2006, no decorrer de uma dessas suas intervenções a favor da protecção e sobrevivência de espécies marinhas ameaçadas, o navio dos ecologistas foi voluntariamente abalroado pelo navio caça-baleias japonês «Nisshin Maru», sofrendo alguns danos. E, em Junho do mesmo ano, o «Arctic Sunrise», foi expressamente proibido -pelo governo local- de se aproximar de São Cristóvão e Nevis (micro estado das Caraíbas), onde se desenrolava a 58ª reunião da Comissão Baleeira Internacional. Outras acções espectaculares do navio e respectiva tripulação (umas 50 pessoas) tiveram lugar em 2007 na Grã-Bretanha e no Canadá : a primeira, numa clara manifestação pelo desarmamento, ocorreu durante o bloqueio da base naval de Faslane, onde estaciona parte da frota britânica de submarinos nucleares estratégicos, armados com mísseis atómicos do tipo ‘Trident’; a segunda, foi feita contra a utilização de matérias poluentes ou potencialmente perigosas. Nessa altura, os activistas do «Arctic Sunrise» tomaram de assalto o navio canadiano «Algomarine» e pintaram-lhe no casco, em letras gigantescas, a seguinte frase contestatária : «Não ao carvão. Não ao nuclear. Energia limpa». O «Arctic Sunrise» foi adquirido pela Greenpeace em 1995 e desfralda bandeira dos Países Baixos. O seu porto de registo é o de Amesterdão.
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