quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
«ARIZONA»
Transatlântico de propulsão mista (vapor/vela) e casco de aço, que pertenceu, inicialmente, à companhia britânica Guion Line. Concebido segundo os planos de William Pearce, este navio foi construído pelos estaleiros navais de John Elder & Cº, (a laborar em Govan, na Escócia), que o lançaram à água no dia 10 de Março de 1879. Funcionava com uma turbina a vapor de tripla expansão, desenvolvendo uma potência de 6 400 cv, e com um sistema vélico, com panos distribuídos pelos seus quatro mastros. O «Arizona» deslocava mais de 5 000 toneladas e media 137 metros de comprimento por 14 metros de boca. A sua velocidade ultrapassava os 15 nós. Podia receber 350 passageiros acomodados em três classes, além de uns 1 000 outros viajantes, sendo estes últimos emigrantes, que viajavam nos porões do navio em condições verdadeiramente lastimáveis. O «Arizona» fez carreiras na linha Liverpool-Nova Iorque, via Queenstown. Bateu, logo na sua primeira viagem transatlântica, o record de velocidade no sentido Este-Oeste, em 7 dias, 8 horas e 11 minutos. Teve dois gémeos, o «Alaska» e o «Oregon», que se revelaram tão rápidos quanto ele e que até arrebataram, um e outro, a cobiçada ‘flâmula azul’. No dia 7 de Novembro de 1879, o «Arizona» chocou violentamente com um icebergue ao largo da Terra Nova, sofrendo avarias sérias, sobretudo, à proa. Depois da sua companhia -a Guion Line- ter falido, o navio foi cedido a uma transportadora,que o utilizou, durante alguns anos, numa linha transpacífico, que partia de San Francisco (Califórnia) e servia portos do Japão e da China. Em 1898, o paquete foi adquirido pela armada dos Estados Unidos, que o modernizou e transformou em transporte de tropas. Com o nome de USS «Hancock», o navio foi utilizado no Atlântico norte, durante a 1ª Guerra Mundial. Em 1926, após 47 anos de vida e uns tempos de imobilização forçada no porto de Filadélfia, o velho navio foi desactivado e desmantelado.
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