sábado, 8 de janeiro de 2011
«ORION»
Elegantíssimo palhabote construído pelo estaleiro aveirense de José Maria de Lemos para a casa armadora Lemos, Sobreiro & Companhia, Lda., também ela da cidade da ria. Lançado à água no dia 25 de Julho e 1920, o «Orion» deslocava (em plena carga) 183 toneladas e media 30,80 metros entre perpendiculares por 8,34 metros de boca. Não tinha (nem nunca teve) motor auxiliar. Concebido para a pesca do alto, este magnífico veleiro foi vendido, em 1923, aos armadores lisboetas Bagão, Nunes & Machado, que o mantiveram (até 1929) sob o comando do capitão ilhavense Aquiles Gonçalves Bilelo. Em data anterior a 1934, o navio sofreu grandes transformações, sendo as mais visíveis o alongamento do seu casco, que passou a medir 34,20 metros de comprimento entre perpendiculares, e a aplicação de um terceiro mastro (com a intenção de lhe aumentar a rapidez), característica que fez entrar o navio na categoria dos lugres. O «Orion» passou em 1934 para s mãos de Amândio Matias Lau, de Aveiro, que o empregou na pesca costeira e que, logo no ano seguinte, o cedeu à Sociedade de Navegação Costeira Nossa Senhora da Agonia, de Viana do Castelo. Esta firma utilizou o navio no tráfego internacional, como transporte de carga diversa, até 19 de Dezembro de 1945, dia em que o «Orion» naufragou, na sequência de um medonho temporal, ao largo das costas do norte de África; mais exactamente a 10 milhas de distância do porto de Argel. Todos os seus tripulantes puderam salvar-se nas baleeiras do navio, com as quais lograram atingir terra firme
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