sábado, 27 de novembro de 2010

«ROYAL GEORGE»


Navio de linha de 100 canhões, pertencente à armada real britânica. Foi construído pelo arsenal de Woolwich e lançado à água no dia 18 de Fevereiro de 1756. Deslocava mais de 2 000 toneladas e media 54,30 metros de comprimento por 15,80 metros de boca. A sua guarnição -constituída por marinheiros e por um corpo de fuzileiros- contava muitas centenas de homens. Foi considerado o maior navio militar do seu tempo. Integrado na frota de ‘sir’ Edward Hawke (do qual chegou a ser navio-almirante), o «Royal George» participou nas operações navais da chamada Guerra dos Sete Anos, designadamente no bloqueio do porto de Brest e na batalha da baía de Quiberon, durante a qual afundou (a 20 de Novembro de 1759) o navio francês «La Superbe». O navio britânico foi, depois (entre 1763 e 1778), destacado para águas da América do norte, onde participou na guerra da independência dos Estados Unidos. Ainda em 1778, este poderoso vaso de guerra operou no mar Mediterrâneo -integrado numa esquadra superiormente chefiada pelo almirante Rodney- onde ajudou a capturar dois comboios de navios mercantes espanhóis. O «Royal George» teve um fim patético : ancorado no porto militar de Spithead (sul de Inglaterra), onde recebia beneficiações, o navio virou-se -quando estava a abastecer-se de rum- e acabou por afundar-se num momento em que tinha a bordo mais de 1 000 pessoas. Na catástrofe perderam-se 800 vidas, entre as quais as de 300 mulheres e de 60 crianças que visitavam o navio. Foram vãs todas as tentativas para reemergir o «Royal George», apesar da sua carcaça repousar a apenas 20 metros de profundidade. Durante o século XIX foi, no entanto, possível recuperar alguns dos seus canhões e outros objectos de bordo. Representando um perigo para a navegação, os restos do navio foram destruídos em 1840 com a ajuda de explosivos.

Sem comentários:

Enviar um comentário