quarta-feira, 10 de novembro de 2010
«ROUEN»
Construído, em 1912, no estaleiro da firma Forges et Chantiers du Havre, este navio foi concebido -enquanto navio de transporte de passageiros- para a companhia estatal francesa dos caminhos-de-ferro; e colocado na linha transmancha Dieppe-Newhaven. Requisitado pelas forças armadas em 1914, pouco depois da eclosão da Grande Guerra, o «Rouen» foi utilizado, num primeiro tempo, como transporte de tropas e, mais tarde, transformado para servir como patrulha e porta-hidroaviões. Embora limitada (devido ao seu consumo muito elevado de combustível) a sua acção desenrolou-se nos mares do Norte e da Mancha e no Mediterrâneo, para onde acabou por ser transferido. Com base em Tarento, o «Rouen» efectuou várias missões de transporte de material e de tropas, que foram reforçar o dispositivo aliado de Gallipoli e das ilhas do mar Egeu. Torpedeado (na Mancha) por um submarino alemão a 29 de Dezembro de 1916, o antigo vapor de carreira sobreviveu ao choque e foi recuperado num estaleiro de Dieppe, de onde assegurou a linha para Inglaterra durante mais vinte anos, entre 1919 e 1939. Capturado pelos germânicos em 1940, o «Rouen» perdeu o seu nome de origem, para ostentar (temporariamente) o de «Wullenwever». O navio deslocava cerca de 1 700 toneladas, media 89 metros de comprimento por 10,55 metros de boca. O seu aparelho motor desenvolvia 10 000 cv de potência, que lhe permitiam vogar à velocidade máxima de 24 nós. O «Rouen» dispunha de uma autonomia de 890 milhas e esteve armado (durante a sua carreira militar) com 2 canhões de 50 mm, 2 de 57 mm AA e 1 metralhadora de 10 mm. Não beneficiou da mínima blindagem. A sua guarnição compreendeu 173 oficiais, sargentos e praças, além de 6 pilotos aviadores. Aquele que foi um dos primeiros porta-aeronaves da marinha francesa foi desmantelado em 1946.
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