segunda-feira, 22 de novembro de 2010

«GROSSHERZOGIN ELISABETH»


Construído em 1901 (com o casco em ferro) pelo estaleiro de Johan C. Tecklenborg, de Bremen, este navio era um soberbo três-mastros galera de 92 metros de comprimento fora a fora por 11,50 metros de boca. Deslocava 1 630 toneladas e a sua superfície vélica (composta por 28 panos) ultrapassava os 2 000 m2. Podia atingir pontas de velocidade da ordem dos 14 nós. Foi concebido (inicialmente como cargueiro não-motorizado) pelo arquitecto naval Georg Wilhelm Clausen. Recebeu o seu nome em honra da Grande Duquesa Isabel de Oldenburgo, sua madrinha. Serviu também como navio-escola da marinha mercante alemã e a sua grandiosidade suscitou visitas de altas personalidades, tanto germânicas como estrangeiras, como, por exemplo, a do imperador Guilherme II (em 1901) e a do czar Nicolau II (em 1903). Sobreviveu aos dois conflitos mundiais. Capturado em 1945 por elementos da ‘Royal Navy’, foi entregue no ano seguinte à França como parte das indemnizações de guerra devidas pela Alemanha. Sem saber o que fazer deste belíssimo veleiro, ao qual deu, entretanto, o nome de «Duchesse Anne», a marinha militar gaulesa utilizou-o, nas suas bases de Lorient e de Brest, como aquartelamento de marinheiros. Estava (em finais da década de 70) para ser desmantelado, quando foi salvo do camartelo por uma associação de cidadãos apaixonados pela marinha à vela. O antigo «Grossherzogin Elisabeth» foi adquirido em 1981 (por 1 F simbólico) pelo município de Dunkerque. O navio tem, desde 5 de Novembro de 1982, o estatuto de monumento histórico e, apesar de já não navegar, está restaurado e aberto às visitas do público amador das coisas do mar ou simplesmento curioso de ver (por fora e por dentro) um exemplar de grande veleiro de inícios do século passado.

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