domingo, 28 de novembro de 2010
«MAHROUSSA»
Este luxuoso navio de recreio foi construído em 1865 pelo estaleiro londrino de Samuda Brothers, por encomenda do vice-rei do Egipto Ismael Pachá. Desloca (hoje) 3 762 toneladas em plena carga e mede 145,72 metros de comprimento por 13 metros de boca. O seu aparelho propulsor (actual) é constituído por uma turbina a vapor desenvolvendo 6 500 cv de potência e por três hélices; E a sua velocidade máxima é de 16 nós. Funciona com 160 membros de equipagem. Transporte de reis e de príncipes, o «Mahroussa» foi o primeiro navio a franquear o canal de Suez -em data do 17 de Novembro de 1869- durante a cerimónia inaugural dessa importante via de comunicação. Depois, participou em diversos actos importantes da história egípcia, tais como : transporte para o exílio, em Itália, do seu comanditário, em 1879; viagem de Alexandria a Porto Said (com personalidades), para a inauguração da estátua monumental levantada a Ferdinand de Lesseps no ano em 1899; transporte, em 1914, do último vice-rei -Abbás Helmi II- para o desterro imposto pelas autoridades britânicas; transporte do rei Fuad I aquando da inauguração do terminal petroleiro de Port Taoufik, em 1930; viagem a Itália do rei Faruk, exilado, em 1952, pela revolução dos militares. Foi nesse ano que o navio «Mahroussa» passou a chamar-se, oficialmente, «El Horrya» (embora as pessoas continuassem a designá-lo pelo seu primitivo nome) e a servir os interesses do ‘rais’, como iate presidencial. Foi com ele que Nasser fez, por exemplo, visitas à Jugoslávia e aos Estados Unidos da América. Depois da queda da monarquia egípcia, o navio exerceu, também, missões de instrução de oficiais da armada nacional. O «Mahroussa»/«El Horrya» marcou presença nas cerimónias e na grande parada naval organizada em Nova Iorque, aquando do bicentenário dos E.U.A.. O navio (que sofrera uma operação de alongamento em 1872 e outra modernização em 1905, durante a qual a sua vetusta máquina a vapor e as suas rodas-palheta foram substituídas por um sistema propulsor mais adequado) foi recentemente cedido a uma conhecida agência de viagens, que -com o histórico «Mahroussa»- promove cruzeiros para turistas afortunados no Mediterrâneo ocidental.
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