sexta-feira, 8 de julho de 2011

«MARQUÉS DE LA ENSENADA»


‘Destroyer’ da armada espanhola com vida operacional de 1970 a 1988. Pertencia à classe ‘Oquendo’, que compreendeu três unidades, todas elas construídas nos estaleiros Bazán, do Ferrol, e terminadas no arsenal de Cartagena. O «Marqués de la Ensenada» (cujo nome presta homenagem a Zénon de Somodevilla y Bengoechea, um dos reorganizadores da marinha de guerra espanhola no século XVIII) foi lançado ao mar em 1959, mas as remodelações a que foi sujeito atrasaram os trabalhos de tal maneira, que o ‘destroyer’ só foi dado como concluído em Março de 1968. O navio deslocava 3 785 toneladas em plena carga e media 120 metros de comprimento por 13 metros de boca. A sua propulsão era assegurada por 2 turbinas e por 3 caldeiras a vapor desenvolvendo uma potência de 60 000 cv. A sua velocidade máxima atingia os 28 nós e a sua autonomia era de 4 500 milhas com andamento reduzido a 15 nós. Equipado com electrónica moderna para a época, o «Marqués de la Ensenada» estava armado com 6 canhões de 127 mm, com 8 tubos lança-torpedos e com artilharia menor. Dispunha, além disso, dos serviços de 2 helicópteros Hughes. A sua tripulação era de 318 homens. Este navio fez parte da 11ª Esquadrilha de Escoltas e visitou vários portos estrangeiros em visitas de cortesia. O acontecimento mais marcante do seu historial ocorreu no dia 2 de Outubro de 1981, no porto de Santander, quando foi alvo de um atentado bombista atribuído à ETA, organização terrorista basca. O artefacto utilizado pelos agressores abriu uma brecha de 3 metros de comprimento por 2,50 metros de largura no casco do navio. O ‘destroyer’, que deveria ser radiado das listas da armada espanhola nesse mesmo ano, acabou por ser reparado e por ser desactivado nove anos mais tarde. Isto, segundo se disse, para que a ETA não fizesse alarde do seu acto e não tirasse proveito político do caso.

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