segunda-feira, 25 de julho de 2011

«ESPERANZA»


O «Esperanza» -que hoje pertence à Greenpeace e arvora bandeira dos Países Baixos- foi construído, em 1984, nos estaleiros Polnocna de Gdansk (Polónia) para a marinha mercante da extinta U.R.S.S.. Tinha uma proa quebra-gelos e foi concebido para actuar no combate aos incêndios que eventualmente se pudessem declarar no porto de Murmansk. Depois de sair de território russo, o navio passou por várias mãos e executou diversos trabalhos. Um deles consistiu (quando hasteava bandeira norueguesa) em dar apoio logístico aos técnicos das plataformas operando no mar do Norte. Adquirido no ano 2000 pela conhecida organização ecologista, o navio foi transformado e modernizado para poder cumprir as missões que lhe seriam desde logo confiadas pela Greenpeace. Durante esses trabalhos, o «Esperanza» foi completamente despojado de amianto e recebeu tanques de combustíveis ultra-seguros, de modo a evitar qualquer derrame (mesmo acidental) de matéria poluente. O navio recebeu, ainda, um novo sistema de eliminação de resíduos sólidos e liquídos, purificadores de água (quinze vezes mais eficazes do que é exigido pela legislação), uma pintura não-contaminante, um sistema de propulsão que reduz ao máximo as emissões de CO2, etc, etc. O «Esperanza», que funciona com uma equipagem permanente de 33 membros, foi dotado com uma área H, para poder operar um helicóptero e dispõe de uma flotilha de 5 botes auxiliares. Possui um sofisticado sistema de vídeo, que capta e envia para a sede da organização ecológica imagens da sua área de acção. O «Esperanza» está também equipado com um engenho submarino, que age por controlo remoto e é capaz de gravar e transmitir imagens obtidas até 300 metros de profundidade. O navio tem 2 076 toneladas de arqueação bruta e mede 72,30 metros de comprimento por 14,30 metros de boca. O seu sistema propulsor, composto por 2 máquinas Sulzer, permite-lhe navegar à velocidade máxima de 16 nós. O «Esperanza» está envolvido nas campanhas de protecção da natureza definidas pela Greenpeace e opera, prioritariamente, nas águas do Árctico e nas costas da Groenlândia; opondo-se, nomeadamente, aos projectos de exploração petrolífera nestas áreas ainda preservadas do planeta Terra.

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