
Este paquete foi construído em 1938 no estaleiro Blohm und Voss de Hamburgo para a companhia HAPAG. Foi lançado à água com o primitivo nome de «Huascaran» e utilizado nas linhas Hamburgo-Génova e Hamburgo-América do sul. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, o paquete foi requisitado pela ‘Kriegsmarine’ e enviado, posteriormente, para águas da Noruega ocupada, onde serviu como navio de apoio técnico à frota de submarinos. Depois do armistício, esta unidade foi entregue ao governo canadiano como parte das compensações de guerra que lhes eram devidas pela Alemanha. O navio sofreu, então, em Liverpool, uma substancial restauração e foi vendido (em 1947) à Canadian Pacific Cº, que lhe modificou o nome para «Beaverbrae» e o utilizou, essencialmente, no transporte de emigrantes europeus para o Canadá. Muitos desses emigrantes eram refugiados do leste europeu e partiam do porto de Bremen para refazer as suas vidas no Novo Mundo. Calculou-se que este paquete tenha feito, em sete anos, 51 viagens transatlânticas e transportado 38 000 refugiados. Em finais de 1954, o navio foi transferido para a frota da Compagnia d’Armamento Genovesa e colocado na linha da Austrália (via canal de Suez), para onde transportou, igualmente, um número elevado de emigrantes. Em 1970, o ex-«Huascaran», ex-Beaverbrae», ex-«Aurélia», já devidamente registado no porto do Pireu, navegava com bandeira grega ao serviço da armadora Chandris. Nessa fase da sua vida, o paquete navegou, sobretudo, no Mediterrâneo, mas também no Índico e no Atlântico sul, servindo alguns portos da África austral e do Brasil. Operou em águas deste último país com as cores da companhia Lloyd Brasileiro, que o fretou para cruzeiros. Em finais dos anos 70, o navio (agora inteiramente ao serviço da indústria turística) passou para as mãos da armadora Romanza S.A. e foi registado no Panamá com o seu quarto nome : «Romanza». Bastante envelhecido, o antigo paquete alemão encalhou no mar Egeu, em 1979, mas foi recuperado e vendido, sucessivamente, a dois armadores cipriotas, que com ele organizaram cruzeiros turísticos ao Egipto e à Terra Santa. Mas em Outubro de 1997, o agora chamado «Romantica» foi praticamente destruído por um incêndio no porto de Limassol. Irrecuperável, foi rebocado para Alexandria, no Egipto, onde em 1999, foi desmantelado. Aquando da sua construção, o navio apresentava-se como uma unidade de 10 480 toneladas de arqueação bruta, com 148,60 metros de comprimento por 18,30 metros de boca. Navegava à velocidade de cruzeiro de 15 hora e podia receber 1 124 passageiros. Estes dados foram, naturalmente, alterados em função dos restauros e das modernizações que recebeu ao longo dos seus 60 anos de vida.
Tengo una preciosa maqueta de este navío, mide 115x27x50 cms.
ResponderEliminarPor si fuese de su interés conocerla, mi correo es
vinoeu@gmail.com
Em 1977 fiz meu primeiro Cruzeiro no M/N ROMANZA saindo do Rio de janeiro.
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