sexta-feira, 22 de abril de 2011
«D. MARIA I»
Nau construída no arsenal de Lisboa e lançada à água no dia 18 de Dezembro de 1789. Esteve integrada na esquadra do ilustre marquês de Nisa mandada para o Mediterrâneo para cooperar com as forças do almirante Horácio Nelson no combate contra os Franceses e piratas berberescos. Foi um dos navios deixados na capital do Reino, quando, em 1807, a corte partiu precipitadamente para o Brasil. Apreendida pelas forças napoleónicas de ocupação (que lhe deram o nome de «Ville de Lisbonne»), esta nau de 74 canhões foi utilizada na defesa da barra do Tejo contra eventuais incursões da ‘Royal Navy’. Fez (em data não apurada) uma viagem tormentosa a Angola sob as ordens de Francisco de Paula Leite, futuro visconde de Veiros. Este navio, que gozava da má reputação de ser instável, media 36 metros de comprimento (na quilha) por 14,30 metros de boca e 11,50 metros de pontal. Perdeu-se na baía de Cádiz em 1810, quando ali foi enviada para ajudar a reprimir uma revolta popular contra a autoridade do rei Fernando VII. Disse-se que foi a pique em poucos minutos na sequência de violento temporal, mas, também, porque estava sobrecarregada com cerca de 100 canhões de bronze, que a Regência mandara amontoar a bordo, para que não fossem parar às mãos de Massena; marechal de Napoleão que havia chegado às Linhas de Torres com os seus exércitos e ameaçava ocupar a capital portuguesa. Existiu um modelo deste navio no velho Museu da Ajuda. Modelo que foi devorado pelas chamas, aquando do incêndio que -em 1916- destruiu aquela instituição.
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