quarta-feira, 2 de março de 2011
«JEAN BART»
Couraçado da armada francesa, que teve vida operacional até 1961. Pertencia à classe ‘Richelieu’ e foi construído nos Chantiers de la Loire, que lançaram o casco à água em 6 de Março de 1940. Salvou-se, por pouco, da captura pelos invasores hitlerianos, graças ao esforço da brigada de operários que pôde escavar -num tempo record- o canal de acesso ao mar da doca onde foi construído e a uma verdadeira proeza da sua guarnição inicial (conduzida pelo capitão-de-mar-e-guerra Pierre-Jean Ronarc’h), que conseguiu levar o navio (inacabado) para o porto de Casablanca, no então protectorado francês de Marrocos. Em Novembro de 1942, o «Jean Bart» opôs-se ao desembarque dos Aliados no norte de África e foi alvejado por navios e aeronaves dos Estados Unidos, que lhe causaram avarias importantes e o imobilizaram no seu ancoradouro do porto de Casablanca. Depois desse desaire, parte da sua artilharia foi-lhe retirada para poder ser utilizada (em caso e necessidade) pelo seu gémeo, o couraçado «Richelieu». Em 1945, já depois da assinatura do armistício que pôs cobro à guerra na Europa, o navio foi levado para o arsenal de Cherburgo, onde foi reparado e rearmado. Retomou o serviço activo em 1953 e foi colocado em situação de reserva quatro anos mais tarde; numa altura em que os grandes couraçados haviam perdido a sua importância a favor dos porta-aviões, os novos soberanos das esquadras. O «Jean Bart» (que participou nas operações de Suez) deslocava perto de 49 000 toneladas e media 248 metros de longitude por 35 metros de boca. O seu sistema propulsor desenvolvia uma potência de 150 000 cv, que lhe permitiam navegar à velocidade máxima de 32 nós. O navio estava fortemente blindado (até 330 mm de espessura nas partes mais expostas do casco) e poderosamente armado, sendo a sua artilharia principal constituída por 8 canhões de 380 mm, distribuídos por dois reparos. O raio de acção do navio era de 7 670 milhas náuticas com a velocidade estabilizada a 20 nós e a sua guarnição era formada por cerca de 1 000 oficiais, sargentos e praças. O «Jean Bart» (assim baptizado em honra de um famoso corsário natural de Dunkerque) foi desmantelado no ano de 1969.
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