sábado, 26 de março de 2011
«HOBSON»
Contratorpedeiro da armada norte-americana pertencente à classe ‘Gleaves’. Foi construído em 1941 nos estaleiros navais de Charleston (Carolina do Sul) e entrou em serviço operacional no mês de Janeiro do ano seguinte. O nome que ostentou foi o de um oficial, que recebeu a Medalha de Honra do Congresso pela sua acção heróica durante a guerra Hispano-Americana. A primeira missão do «Hobson» (DD-464) teve como objectivo escoltar o porta-aviões USS «Ranger» numa viagem de ida e volta ao norte de África, onde foram descarregados 72 aviões Curtis P-40 destinados às forças americanas que combatiam os ítalo-alemães nessa frente de batalha da 2ª Guerra Mundial. Depois, participou no ataque que imobilizou (em Casablanca) o couraçado francês «Jean Bart», que, então, se encontrava sob o controlo das forças de Vichy. O «Hobson» esteve, seguidamente, nas Bermudas e na zona do canal de Panamá, antes de ser enviado para o Atlântico norte, onde participou na caça aos temíveis ‘lobos cinzentos’ de Doenitz. Data dessa época a sua comparticipação no salvamento dos sobreviventes do navio mercante «St. Margaret», torpedeado em 2 de Março de 1943 por um submarino alemão. Ainda nesse ano, em Julho, o contratorpedeiro «Hobson» fez parte da escolta que protegeu o «Queen Mary», que conduziu Winston Churchill à conferência de Quebeque. O navio participou em várias operações de luta anti-submarina nas zonas de combate do Atlântico e do Mediterrâneo. Em inícios de Junho de 1944, fez parte das forças navais aliadas que atacaram as defesas nazis do chamado Muro do Atlântico e que facilitaram a tarefa aos combatentes do dia D. Transformado (nos Estados Unidos) em unidade especializada na guerra de minas, o «Hobson» foi enviado, em Janeiro de 1945, para a frente do Pacífico, chegando a tempo de participar na terrível batalha de Okinawa, onde sofreu desgastes causados por um avião ‘kamikaze’. Reparado no estaleiro naval de Norfolk, o «Hobson já não teve a ocasião de regressar ao combate antes da rendição incondicional do Japão. Mas a sua valorosa participação no segundo conflito generalizado valeu-lhe (assim como à sua abnegada guarnição) 6 ‘Battle Stars’ e uma citação presidencial. O USS «Hobson» esteve implicado nas operações da guerra da Coreia e, na noite de 26 de Abril de 1952, foi vítima de um abalroamento fatal com o porta-aviões «Wasp». O ‘destroyer’ afundou-se e, nesse súbito e brutal desastre, pereceram 176 membros da sua equipagem. Alguns deles veteranos das suas campanhas da segunda grande guerra. O «Hobson» era um navio com um deslocamento de 1 630 toneladas e com 106,15 m de comprimento por 11 m de boca. Navegava à velocidade máxima de 37,4 nós. Dispunha do armamento ‘standard’ dos navios do seu tipo, do qual faziam parte 5 peças de 127 mm, várias antiaéreas (de 20 mm), tubos lança-torpedos e rampas para utilização de cargas de profundidade. A sua guarnição normal era constituída por 276 homens, 16 dos quais eram oficiais.
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