segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

«BRITANNIA»


Foi o primeiro de uma série de quatro navios com cascos de madeira encomendados por Samuel Cunard (aos estaleiros da firma Robert Duncan & Cº, de Greenock) para assegurar uma linha regular entre a Grã-Bretanha e a costa leste da América do norte. O «Britannia» era um navio misto (vapor/vela) de 1 150 toneladas, que media 69,50 metros de comprimento fora a fora por 10,50 metros de boca. A sua propulsão era garantida por 1 máquina a vapor com 740 cv de potência, que movimentava duas rodas de pás laterais, e por velas arvoradas nos seus 3 mastros. A velocidade máxima deste paquete, concebido para receber 115 passageiros, rondava os 10 nós. A viagem inaugural deste navio da British and North American Royal Mail Steam Packet Company (vulgo Cunard Line) começou em Liverpool no dia 4 de Julho de 1840. O «Britannia» levava 63 passageiros a bordo, que lograram atravessar o oceano (até Halifax), em 12 dias e 10 horas de navegação. Este paquete da Cunard foi o primeiro navio da companhia a ganhar (logo em 1841) a cobiçada Flâmula Azul, que premiava os mais velozes navios do tempo em serviço na carreira do Atlântico norte. Depois de ter feito -praticamente sem incidentes- umas quarenta viagens entre a Europa e os portos do Novo Mundo, este pioneiro da navegação a vapor foi vendido, em 1849, à Prússia; que, depois de o ter modificado e adaptado às suas necessidades militares, o integrou na sua marinha de guerra com o nome de «Barbarossa». Em 1880, o navio (já obsoleto) foi voluntariamente afundado por outra unidade prussiana no decorrer de um exercício de tiro.

Sem comentários:

Enviar um comentário