sábado, 18 de junho de 2011

«SANTA CATARINA DE RIBAMAR»


Nau da carreira da Índia da qual pouco ou nada se sabe, à excepção do nome do seu último capitão -que foi Luís Castanheda de Vasconcelos- e do seu naufrágio, que ocorreu na noite de 1 para 2 e Novembro de 1635 nas proximidades do cabo da Roca. Há, no entanto, quem situe o lugar do soçobro mais a sul, na costa de Colares. A «Santa Catarina de Ribamar» zarpou de Goa a 17 de Março desse mesmo ano de 1635 com 470 tripulantes e passageiros a bordo. Do seu naufrágio só escapou uma escassa quinzena de pessoas, o que fez dele um dos grandes desastres marítimos do tempo. Segundo a crença popular, a nau carregava também grandes riquezas e conta-se o caso (verídico ou lendário ?) de uma certa senhora D. Ricarda, que viveu no século XVIII, que recolhia moedas de ouro provenientes da «Santa Catarina de Ribamar» numa praia situada na zona presumível desse naufrágio; sobretudo depois das tempestades que, intermitentemente, açoitavam o Atlântico. Foi, aliás, na expectativa de encontrar esse tesouro, que foram feitas várias tentativas para encontrar o navio. Em 1966, pesquisadores submarinos lograram resgatar um canhão de bronze de um dos locais presumíveis do naufrágio. -Mas terá essa peça de artilharia pertencido à nau «Santa Catarina de Ribamar» ? Nada de mais incerto…

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