terça-feira, 21 de junho de 2011

«LIGHTNING»


‘Clipper’ britânico construído em 1854 -para a casa armadora James Baines & Co.- pelo estaleiro de Donald McKay, de East Boston, nos Estados Unidos. Construtor que cobrou 32 000 libras pela obra. O «Lightning» foi registado no porto de Liverpool. Era um excelente navio de casco em madeira, com 2 084 toneladas de arqueação bruta e 84 metros de comprimento fora a fora por 13 metros de boca. O seu mastro principal culminava a 50 metros e envergava, com os seus dois outros paus, 1 200 m2 de velas. A utilização desse aparelho permitia-lhe atingir pontas de velocidade superiores a 18 nós. O «Lightning» foi usado, sobretudo, na linha da Austrália, para onde (e de onde) transportou, durante quinze anos, passageiros e mercadorias diversas. Os seus camarotes foram famosos pelo luxo e conforto que proporcionaram aos viajantes, havendo até quem afirmasse que eram tão sumptuosos como os do futuro paquete «Queen Mary». O veleiro bateu vários recordes de velocidade pura. O primeiro deles foi registado aquando de uma travessia do Atlântico norte, entre Nova Iorque e Liverpool; trajecto que o «Lightning» cobriu em 13 dias, 19 horas e 30 minutos. Em 1854/1855, o navio completou uma viagem de circum-navegação (Melburne-Liverpool) que mereceu a atenção da imprensa mundial, por ter sido uma das mais rápidas jamais realizadas. Este autêntico lebréu dos mares incendiou-se no dia 30 de Outubro 1869 em Geelong (Austrália), quando já estava carregado (com fardos de lã, barras de cobre, tonéis de vinho, etc) e pronto a seguir viagem para a Europa. Foi a sua própria tripulação que o afundou, por evitar que a carcaça calcinada do navio constituísse um perigo para a navegação.

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