sexta-feira, 17 de junho de 2011
«AQUIDABû
Navio de guerra da armada imperial brasileira, onde teve a classificação de couraçado de esquadra. Foi lançado à água no dia 14 de Agosto de 1885 pela empresa construtora Samuda & Brothers, da Grã-Bretanha, e logo entregue ao seu comanditário. Foi seu primeiro comandante Custódio José de Mello, então capitão-de-mar-e-guerra. O «Aquidabã» era um navio com perto de 5 000 toneladas e com 93 metros de comprimento fora a fora por 17 metros de boca. Do seu armamento principal constavam 4 canhões de 9 polegadas, 4 outras peças de 5 polegadas, 16 metralhadores de vários calibres e 5 tubos lança-torpedos. O «Aquidabã» movia-se graças a 2 máquinas a vapor desenvolvendo 6 200 cv de potência, que lhe imprimiam uma velocidade máxima de 16 nós. A sua couraça não protegia suficientemente o navio, facto que lhe valeu, no Brasil, o apodo depreciativo de ‘encouraçado de papelão’. O «Aquidabã» esteve implicado, em 1891, na rebelião contra a autoridade do marechal Deodoro da Fonseca (do lado deste), na Revolta da Armada de 1893, no combate naval de Anhatomirim (1894), do qual saiu muito danificado e noutros acontecimentos mais ou menos importantes da História do Brasil. Nos anos finais do século XIX, o navio esteve na Europa (Alemanha e Grã-Bretanha), onde foi modernizado, tanto a nível do seu sistema de armas, como da motorização. De regresso à América do sul, sofreu transformações para poder participar em experiências relacionadas com a instalação do telégrafo sem fios na armada Brasil. O «Aquidabã» teve um fim funesto ao afundar-se na baía de Angra dos Reis, na sequência da explosão de um paiol contendo cordite. O desastre ocorreu às 11 horas do dia 21 de Janeiro de 1906 e provocou a morte de 212 homens da sua guarnição. O navio partiu-se ao meio e afundou-se, jazendo os seus destroços a profundidades compreendidas entre os 8 e os 18 metros. Um monumento consagrado à memória das vítimas do couraçado «Aquidabã» foi inaugurado em 1913 na Ponta do Pasto, não muito longe do lugar da tragédia.
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