domingo, 9 de março de 2014
«SCYTHIA»
Este paquete britânico da companhia armadora Cunard, foi construído em 1920 nos estaleiros navais da empresa Vickers Ltd, de Barrow. Fez parte de um programa de construção de navios, lançado para colmatar as perdas substanciais sofridas pelo Reino Unido durante a Grande Guerra. O «Scythia» era um paquete com 19 730 toneladas de arqueação bruta, medindo 183 metros de comprimento por 22,50 metros de boca Propulsionado por engenhos dotados com turbinas a vapor, este luxuoso navio podia navegar à velocidade máxima de 16 nós e transportar mais de 2 000 passageiros, incluindo 350 em 1ª classe. Inicialmente colocado na ligação entre Liverpool e Boston -com escalas intermediárias em Queenstown e Nova Iorque- o «Scythia» passou, em meados dos anos 20, a servir numa linha que unia a chamada Cidade dos Arranha-Céus aos portos do Mediterrâneo. Onde se manteve até ao fatídico ano de 1939, ano da eclosão do segundo conflito generalizado. Requisitado pelas autoridades militares, o navio em apreço foi submetido a trabalhos de estaleiro, que o transformaram em transporte de tropas. Entre outras missões, o «Scythia» desembarcou (em 1942) algumas das tropas britânicas que invadiram o norte de África. Foi a 23 de Novembro desse ano que o navio foi alvejado por um torpedo aéreo, que lhe causou apenas danos materiais. Sorte, visto o «Scythia» levar a bordo, nessa ocasião, 4 300 militares. Dos quais somente 5 foram feridos. Levado para Nova Iorque, onde foi reparado, o ex-paquete da Cunard voltou à sua azáfama, em Janeiro de 1943, transportante tropas norte-americanas para as frentes de combate europeias. Depois de assegurada a paz, o «Scythia» procedeu ao repatriamente de soldados da 'US Army' e canadianos. Este navio também chegou a ir à Índia em missão militar. Em 1948, o «Scythia» esteve ao serviço da Organização Internacional dos Refugiados, para a qual cumpriu várias viagens de carácter humanitário. Em 1950, voltou às suas funções civis, assegurando viagens comerciais entre a Grã-Bretanha e a América do norte. Em 1958, depois de ter servido algum tempo no mar do Norte, este veterano foi considerado obsoleto e entregue a uma empresa de demolição.
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