domingo, 9 de março de 2014

«ALMIRANTE PEREIRA DA SILVA»

Este navio da Armada Portuguesa foi construído no início dos anos 60 (do século XX) nos estaleiros navais da Lisnave. Entrou ao serviço no ano de 1966 e foi desactivado em 1989, tal como as fragatas «Almirante Gago Coutinho» e «Almirante Magalhães Corrêa», suas congéneres da classe que tomou o seu nome. O seu desenho foi inspirado no dos navios norte-americanos da classe 'Dealey', os primeiros a serem construídos após a 2ª Guerra Mundial para se opor à frota de submarinos da União Soviética. O «Almirante Pereira da Silva» media 96 metros de comprimento por 11,20 metros de boca e o seu calado era de 5,50 metros. Deslocava (em plena carga) 1 914 toneladas. O seu sistema propulsivo integrava 2 caldeiras e 2 turbinas a vapor, que lhe autorizavam uma velocidade máxima de 26 nós e uma autonomia e 8 000 km, com andamento reduzido a 15 nós. O seu armamento principal era constituído por 2 peças de 76 mm, 6 lançadores de torpedos de 533 mm e 2 morteiros antissubmarinos de 375 mm. Possuía vários radares (de ajuda à navegação e de direcção de tiro) e 1 sonar. A fragata «Almirante Pereira da Silva» -que usou o indicativo de casco F 472- tinha uma guarnição de 176 homens. Este navio, como os seus semelhantes, constituiu um esforço importante na modernização da marinha de guerra portuguesa, que, até então, estivera equipada com unidades construídas durante o conflito generalizado e que haviam sido adquiridas em segunda mão. Concebidas para a luta antissubmarina no Atlântico norte, as 'Pereira da Silva' deveriam ter sido modernizadas com a instalação de mísseis antinavio, o que nunca aconteceu. De conversão considerada irrealizável, foram retiradas do serviço antecipadamente, tendo sido substituídas pelas fragatas da classe 'Meko'. Curiosidade : vários navios deste tipo foram, igualmente, utilizados pela armada norueguesa.

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