domingo, 14 de outubro de 2012
«SINDIA»
Imponente veleiro de 4 mastros (aparelhados em barca), que hasteou bandeira britânica e flâmulas das companhias TJ Brocklebank (de Liverpool) e Anglo-American Oil (de Londres). Construído em aço pelos estaleiros Harland & Wolff, de Belfast, que o lançaram à água no dia 19 de Novembro de 1887, o «Sindia» apresentava uma arqueação bruta de 3 067 toneladas e media 100,34 metros de comprimento por 13,76 metros de boca. Destinado ao comércio com territórios longínquos (com o Oriente, em particular), este navio tornou-se famoso por ter encalhado -no dia 15 de Dezembro de 1901- num perigoso banco de areias movediças, situado a cerca de 150 metros da praia de Ocean City, na Nova Jérsia. Devido à impossibilidade de o remover do sítio do naufrágio, o «Sindia» foi sendo destruído (e soterrado), ao longo dos anos, pela força dos elementos. A carga do veleiro, que vinha dos portos do Japão e da China, era constituída por preciosidades (tecidos finos de seda, porcelanas caras, cânfora, etc, para além do seu valioso lastro, composto por 1 200 toneladas de minério de manganês) ainda hoje desperta a cobiça das populações locais; que fizeram várias tentativas (todas elas fracassadas) para recuperar o tesouro. Essa cobiça foi ampliada por um boato posto a circular, logo após o encalhe, que pretendia que os porões do «Sindia» também continham riquezas (objectos em ouro e em jade) provenientes de templos budistas chineses, então ameaçados pela revolta dos Boxers. Enfim, o navio (que navegava com 33 homens a bordo, que se salvaram todos) continua a fazer sonhar muita gente; gente que, desde 1969, tem cada vez mais dificuldade em aceder ao local do naufrágio, pelo facto deste ter sido considerado oficialmente «sítio histórico do estado da Nova Jérsia».
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