domingo, 21 de outubro de 2012
«TRITÃO»
Navio de guerra de 5ª classe pertencente à armada do rei de Portugal. Foi lançado à água no dia 30 de Junho de 1783 pelo arsenal da Ribeira das Naus (Lisboa), que o construiu. O seu primitivo nome (usado, muito provavelmente, até 1794) foi «Nossa Senhora das Necessidades». Tinha dois conveses de artilharia, equipados com 44 canhões (40 a partir de 1795). Teve, pelo menos, três comandantes, que foram, sucessivamente, o capitão-de-mar-e-guerra Pedro de Mariz de Sousa Sarmento e os capitães-de-fragata Thomas Stone e Donald Campbell, ambos de origem britânica. Era este último oficial que comandava o «Tritão» em 1797 e foi ele quem transmitiu à ‘Royal Navy’ e ao almirante John Jervis informações preciosas e detalhadas sobre uma numerosa formação de navios espanhóis, que, provenientes de Cádiz, preparavam uma junção com uma frota da França revolucionária. O embate entre as forças navais franco-espanholas e a esquadra britânica teve lugar –a 14 de Fevereiro daquele mesmo ano- ao largo do cabo São Vicente (promontório da costa algarvia), saindo os ingleses vitoriosos da contenda. Embora devesse permanecer como simples espectadora dos acontecimentos, a fragata «Tritão» acabou por quebrar a sua neutralidade, ao prestar socorro ao navio HMS «Captain» (comandado por Horácio Nelson), que, em muito mau estado, se encontrava sob o fogo cruzado (e cerrado) dos navios de linha «Salvador del Mundo» e «San Inocencio». Indiferente ao perigo, o navio português aproximou-se da nau inglesa e passou-lhe o cabo que permitiu safá-la da sua melindrosa situação. Nota final : ao que sabemos, não existem detalhes sobre as características físicas do «Tritão».
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