terça-feira, 9 de outubro de 2012
«NAPOLÉON»
Paquete francês das linhas da Córsega. Pertenceu à frota da C.G.T. (Compagnie Générale Transatlantique), sendo o primeiro ‘car-ferry’ desta casa armadora a navegar no mar Mediterrâneo. Foi construído em 1959 pelos estaleiros Forges et Chantiers de la Méditerranée, de Seyne-sur-Mer, que o lançaram à água no dia 4 de Abril desse ano. O «Napoléon» media 108,86 metros de comprimento por 15,82 metros de boca. O seu calado era de 4,75 metros. Este navio, que tinha o seu porto de abrigo em Marselha, estava preparado para receber 100 veículos (que entravam a bordo através de portas laterais e de popa) e 1 220 passageiros, divididos por quatro classes. Este navio era considerado o prolongamento da linha ferroviária Paris-Marselha e as suas diversas cabines correspondiam (em matéria de espaço e de conforto) às classes dos comboios da companhia S.N.C.F.. Este ‘car-ferry’ tinha uma tripulação de 76 membros, 11 dos quais eram oficiais da marinha mercante. Depois das indispensáveis provas de mar, o «Napoléon» executou duas viagens de apresentação, fazendo escalas –na primeira delas- em Marselha, Toulon, Nice, Calvi, Ajaccio e, na segunda, em Nice, Cannes e San Remo. A sua primeira rotação comercial só foi efectuada em Janeiro de 1960. Em Julho de 1962, em consequência da programada independência da Argélia, o «Napoléon» foi um dos navios que repatriou -através do porto de Oran- muitos franceses de retorno à metrópole. Depois desse episódio doloroso da descolonização, este ‘car-ferry’ foi mantido nas linhas da Córsega (Marselha-Ajaccio ou Bastia e Nice-Calvi ou Île Rousse) até 1974. Nesse ano foi vendido para a Arábia Saudita, onde o seu novo armador (a Saudi Line) lhe mudou o nome para «Al Pasha». Segundo as parcas informações obtidas sobre a sua carreira com bandeira daquele país do Próximo Oriente, o navio parece ter naufragado em 1980. Recuperado, acabou por ser vendido para a sucata e desmantelado em 1988.
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