terça-feira, 16 de outubro de 2012
«RAPOSO TAVARES»
O «Raposo Tavares» (indicativo de amura P 21) é, na terminalogia da armada brasileira, um NPaFlu, ou seja um navio-patrulha fluvial. Pertencente à classe ‘Pedro Teixeira’, foi lançado à água no dia 11 de Junho de 1972 pelo arsenal da Ilha das Cobras, do Rio de Janeiro, que o construiu. Desloca 962 toneladas em plena carga e mede 63,74 metros de comprimento por 9,35 metros de boca. O seu calado é de 2,40 metros. A sua propulsão é assegurada por 4 máquinas diesel de 6 cilindros, gerando uma potência global de 3 480 bhp, e por 2 hélices de 4 pás. A velocidade máximo deste patrulheiro ultrapassa os 16 nós e o seu raio de acção atinge as 5 000 milhas náuticas, com andamento reduzido a 13 nós. O navio está armado com um canhão de 40 mm, 6 metralhadoras e 2 morteiros de 81 mm. As suas 2 lanchas de acção rápida (com capacidade para 15 homens) transportam, cada uma delas, 2 metralhadoras de 7,62 mm. O «Raposo Tavares» também dispõe de instrumentos modernos de ajuda à navegação nos rios da bacia amazónica, onde desenvolve as suas missões e de equipamentos de comunicações, nomeadamente via satélite. Tem pista para helicópteros, podendo operar um UH-12/UH-13 ‘Esquilo’. A sua guarnição é composta por 80 membros, dos quais 7 são oficiais. Também pode receber, por períodos curtos, uma força de 30 fuzileiros navais. Para lá das suas missões de carácter militar, o «Raposo Tavares» também pode executar tarefas de índole diplomática, visitando portos colombianos (como Letícia) ou peruanos (como Iquitos) ou humanitára, prestando assistência (social e médica) às populações ribeirinhas de regiões recônditas da sua área de acção. Já recebeu a bordo algumas ilustres personagens, como, por exemplo, os presidentes da República João Figueiredo e José Sarney, o ministro da marinha Silveira Serpa, várias primeiras damas, comitivas parlamentares, o embaixador dos E.U.A. Langhorne A. Motley, o jornalista Warren Hage, do «The New York Times», etc. O «Raposo Tavares» tem, por outro lado, participado em inúmeros exercícios navais, tanto de natureza nacional como internacional. Conhecido como o ‘Leão dos Rios’, este navio opera sob o patriótico lema «Enquanto navegar eu possa, a Amazónia será nossa !». Curiosidade : o nome deste navio rende homenagem ao famoso bandeirante António Raposo Tavares, natural de Beja (Alentejo), onde nasceu no ano de 1598.
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