sexta-feira, 4 de agosto de 2017
«TEJO»
Contratorpedeiro da Armada Portuguesa. Lançado à água em 1904 pelo Arsenal da Marinha (Lisboa), o «Tejo» foi o primeiro navio do seu tipo a ser construído em Portugal. A sua realização enquadrou-se num plano de reequipamento da nossa marinha militar, que ocorreu ainda no reinado de D. Carlos I. Era um navio polivalente, que podia operar, indiferentemente, como canhoneira, torpedeiro ou contratorpedeiro. Daí ter sido classificado, no início da sua vida activa, como 'canhoneira-torpedeira'. Este navio, que só terminaria os testes de mar em 1906, começou por usar a bandeira azul e branca da monarquia, só passando obviamente à verde-rubra depois da implantação da República; passou, desde logo a ostentar à proa a menção NRP «Tejo». Assim como o indicativo T. Em 1915, o navio entrou no estaleiro para sofrer alterações e saiu da doca seca em 1917 completamente renovado (com silhueta modernizada) e a merecer plenamente a classificação de contratorpedeiro. É evidente que, nessas circunstâncias, o «Tejo» não teve papel participativo na Grande Guerra. Mas, depois da já referida modernização, bateu um recorde de velocidade, que fez dele o navio mais rápido da nossa Armada. O «Tejo» deslocava 536 toneladas e media 70 metros de comprimento por 6,96 metros de boca e por 3,10 metros de calado. A sua propulsão era assegurada por 2 máquinas TE de 7 000 hp, força que lhe permitia navegar à velocidade máxima de 27 nós. Este navio estava armado, depois da renovação de 1917, com 1 canhão de 100 mm, 1 de 76 mm, 4 peças de 47 mm e com 2 tubos lança-torpedos. A sua guarnição era composta por 94 homens. O «Tejo» foi desmobilizado em 1927 e foi, depois disso, desmantelado. Notas : a ilustração anexada mostra o navio depois da sua modernização; a não confundir este «Tejo», com dois outros navios de nome idêntico, que serviram (posteriormente) na Armada Portuguesa.
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