segunda-feira, 7 de agosto de 2017
«ROYAL EDWARD»
Paquete britânico que pertenceu, sucessivamente, às frotas das companhias Egyptian Mail Steamship (de 1907-1910, com o nome de «Cairo»), e Northern Steamship (a partir de 1910, subsidiária da Canadian Northern Railway). Quando eclodiu a Grande Guerra este navio foi requisitado pelo almirantado, para o serviço de transporte de tropas. A sua construção foi da responsabilidade dos estaleiros Failfield Shipbuildind & Engineering Cº, de Govam (Escócia), que o lançaram ao mar em Julho de 1907. Apresentava-se como um navio de 11 117 toneladas de arqueação bruta, medindo 160,30 metros de comprimento por 18,40 metros de boca . A sua propulsão era assegurada por um sistema de turbinas a vapor acopladas a 3 veios, que, obviamente, movimentavam 3 hélices. Podia atingir uma velocidade de 19 nós. Enquanto transporte civil foi concebido para receber 1 114 passageiros (344 dos quais em 1ª classe) e, como tropeiro, cerca de 1 400 militares. Começou (sem sucesso comercial) na linha Marselha-Alexandria e, mais tarde, já sob as cores da companhia canadiana, foi para o Atlântico norte, assegurando ligações do Reino Unido com Montreal e Quebeque. O seu primeiro serviço como transporte militar ocorreu logo no início do conflito e o derradeiro consistiu na transferência de um contingente canadiano composto por 1 367 homens (oficiais incluídos), que deveria reforçar alguns dos efectivos britânicos a combater em Gallipoli, no Levante. O «Royal Edward» zarpou de Avonmouth a 28 de Julho de 1915 e, na manhã de 13 de Agosto chegou (depois de ter feito uma escala no porto egípcio de Alexandria) ao sítio -entre a Grécia e a Turquia- onde o esperava o submarino tudesco «UB-14»; que o alvejou com dois dos seus torpedos. O «Royal Edward», que navegava sem escolta, explodiu e afundou-se, pela popa, em apenas 6 minutos. Os primeiros socorros foram dispensados aos náufragos pelo navio-hospital «Soudan» (que se cruzara pouco antes com o transporte e fora poupado pelo submarino alemão), que conseguiu resgatar 440 homens em seis horas. Dois 'destroyers' franceses e alguns barcos de pesca locais salvaram mais 221 outras pessoas. Na hora de estabelecer o sinistro balanço do afundamento do «Royal Edward» deu-se pela falta de 864 homens (o que significa que o navio levava mais gente do que à sua partida do Canadá); isso segundo as contas feitas por uma das fontes mais credíveis.
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