sexta-feira, 4 de outubro de 2013
«ALFANGE»
Lancha de Desembarque Grande da Armada Portuguesa. Foi construída em 1965 nos Estaleiros Navais do Mondego, na Figueira da Foz, baseada no modelo estrangeiro LCT4. A lancha «Alfange» (com o designativo de amura LDG 101) deu o seu nome a uma classe de navios idênticos, que compreendeu ainda as LDG's «Aríete», «Montante» e «Cimitarra». Todas estas embarcações, vocacionadas para o transporte (e desembarque) de homens e material, foram levadas para as zonas de combate de Angola e da Guiné (então portuguesa), onde participaram em inúmeras operações de guerra. Desconhecemos porque razão esta classe de navios também é, por vezes, identificada com o nome de «Aríete»; o que provoca alguma confusão. O «Alfange», tal como os já referidos navios do seu tipo, deslocava 480 toneladas (das quais 270 correspondiam à sua carga útil) e media 57 metros de comprimento por 11,80 metros de boca. O seu calado era de, apenas, 1,27 metro. Esta unidade estava equipada com 2 motores diesel de 1 000 hp e com 2 hélices, que lhe autorizavam uma velocidade máxima da ordem dos 10,3 nós e uma autonomia que superava as 2 800 milhas. Dispunha de 1 radar de navegação e estava armada com 2 peças de 20 mm, que seriam substituídas, em 1973, por 2 outras de calibre superior. A sua tripulação era, geralmente, composta por uma vintena de homens, pertencendo 2 deles ao corpo de oficiais da Armada. A LDG «Alfange» foi destacada para a Guiné, onde actuou, essencialmente e com pleno êxito, nas arriscadas operações de apoio aos fuzileiros navais. Mas também transportou muita tropa do exército. Em 1974, após nove anos de serviço activo nos rios da Guiné, a lancha «Alfange» seguiu para Cabo Verde e dali para Angola, a reboque do navio balizador «Schultz Xavier». Após uma longa viagem de 3 000 milhas náuticas, atingiu Luanda a 26 de Dezembro desse mesmo ano, sendo colocada à disposição do Comando Naval. Depois da independência (ocorrida em 1975) da mais vasta das nossas antigas colónias de África, este navio foi (como outras pequenas unidades da nossa marinha de guerra) oferecido ao governo de Luanda.
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