quinta-feira, 31 de outubro de 2013

«TRANSYLVANIA»

Este paquete de construção britânica (foi realizado, em 1914, pelos Scott, de Greenock, na Escócia) pertenceu primitivamente à Cunard, passando, em 1915, para a frota da Anchor Line.  Teve vida efémera, visto ter navegado menos de três anos. Apresentava 14 348 toneladas de arqueação bruta e as seguintes dimensões : 167 metros de comprimento, 20,30 metros de boca, 13 metros de calado. O seu sistema de propulsão a vapor (6 caldeiras mais 2 turbinas) estava acoplado a 2 hélices. Esse conjunto oferecia-lhe uma velocidade máxima de 17,5 nós.  Mobilizado -em consequência da guerra, que estalou na Europa em 1914- pela 'Royal Navy', este navio (que deveria transportar 1 380 passageiros na carreira do Atlântico norte) foi transformado em transporte de tropas, elevando-se a sua capacidade para 3 060 militares. A 3 de Maio de 1917, o «Transylvania» zarpou (sob escolta naval) do porto de Marselha para uma viagem que o deveria conduzir a Alexandria, no Egipto. Às 10 horas do dia seguinte, quando o navio britânico navegava no golfo de Génova, sofreu um primeiro ataque, recebendo um torpedo na casa das máquinas. E, 20 minutos mais tarde, foi atingido por novo projéctil, que o afundou instantaneamente. Quando se estabeleceu o balanço das vítimas, chegou-se à conclusão de que o submarino atacante -o «U-63», da marinha imperial alemã- havia provocado a morte de 10 membros da tripulação do «Transylvania, de 29 oficiais do exército e de 373 soldados. Os cadáveres de muitas dessas vítimas deram à costa em países como a Itália, França, Mónaco e Espanha. Onde foram dignamente sepultados. Um monumento comemorativo foi-lhes erigido no cemitério de Savona, onde repousam 85 corpos. Os despojos do malogrado paquete britânico foram descobertos recentemente (em Outubro de 2011) ao largo da ilha de Bergeggi, a uma profundidade de 630 metros.

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