sábado, 5 de outubro de 2013
«ARABIA»
Vapor de rodas laterais construído em 1853 num estaleiro de Brownsville, no estado da Pensilvânia. Destinada à navegação fluvial -nos rios Mississippi e seus principais afluentes- esta embarcação apresentava uma arqueação bruta de 222 toneladas e media 52 metros de longitude por 8,80 metros de boca. A sua propulsão era assegurada por 1 máquina acoplada a 2 eixos que accionavam 2 rodas de paletas de grandes dimensões, já que tinham um diâmetro de 8,50 metros. Este sistema garantia ao «Arabia» uma velocidade de cruzeiro 5 milhas/hora. Este navio (que podia receber passageiros e carga diversificada) pertenceu inicialmente a uma sociedade formada por William Terrill (que o capitaneou) e por William Boyd. Depois foi vendido ao capitão John Shaw, que o colocou no Missouri. Na sua primeira viagem com este seu novo proprietário, o «Arabia» transportou 109 soldados do exército da União, de Fort Leavenworth para Fort Pierre, que se localizava no Dacota do Sul. Também viajou em regiões tão inóspitas como o vale do rio Yellowstone, que, então, se situava no limite dos territórios povoados e controlados pelos índios hostis. Parece que, na Primavera de 1856, o «Arabia» passou, mais uma vez, para as mãos dos seus primeiros armadores, que ainda fizeram, com este vapor, catorze viagens no Missouri. Até que, a 5 de Setembro de 1856, o «Arabia» chocou -perto de Quindaro Bend, Parkville, com um grosso tronco de árvore imerso, que lhe rasgou o casco. Pelo rombo aberto no bojo do vapor, entraram golfadas de água em tal abundância, que, no dia seguinte, só eram visíveis as pontas das suas altaneiras chaminés. Não há relatos referenciando vítimas. Em 1987, a família Hawley encetou buscas para encontrar os despojos do «Arabia» e, recorrendo a mapas antigos e a moderno material de detecção, acabou por dar com eles. Milhares de objectos foram recuperados intactos, graças à lama que envolveu a embarcação e que agiu como capa protectora. Esses artefactos, assim como peças importantes do próprio vapor de rodas, estão agora expostos no Arabia Steamboat Museum, de Kansas City, criado especialmente para perpetuar a memória desta embarcação fluvial.
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