sexta-feira, 27 de setembro de 2013

«LOUIS S. ST LAURENT»

A construção deste navio -realizada pelos estaleiros da firma Canadian Vickers Ltd, de Montreal- foi dada por terminada em 1969. Destinado à frota da Guarda Costeira do Canadá, o «Louis S. St Laurent» (nome que presta homenagem ao 12º Primeiro Ministro do país) é um quebra-gelos de propulsão clássica, que, aquando do seu lançamento à água, era não só uma das maiores unidades da marinha canadiana, mas era, também, o maior quebra-gelos do mundo movido por engenhos que não recorriam à energia nuclear. Concebido para operar no Árctico e no extenso golfo do rio São Lourenço, o «Louis S. St Laurent», que tem uma guarnição permanente de 46 membros (mais o pessoal que voa e dá apoio técnico os 2 helicópteros MBB Bo-105 que o equipam) está dotado com 3 hélices, mas carece de atributos modernos, como, por exemplo, jorros de água, dispositivo de injecção de ar comprimido na linha de flutuação e hélice de proa. Apesar da falta desse equipamento, este quebra-gelos foi um dos navios do seu tipo que abriram a famosa Passagem do Noroeste ao petroleiro gigante «Manhattan» (em 1969). Em 1976, percorreu parcialmente essa difícil passagem -que une o Atlântico ao Pacífico- explorando zonas tão recônditas como Lancaster Sound, Peel Sound e Victoria Strait. E, em 1979, percorreu inteiramente essa quase mítica rota na companhia do «Franklin», outra unidade da guarda costeira canadiana, em apoio ao navio de exploração petrolífera «Canmar Explorer». Entre 1988 e 1993, o navio em apreço esteve imobilizado nos estaleiros navais de Halifax (na Nova Escócia), onde foi submetido a trabalhos de modernização. Nessa ocasião, a sua proa foi reforçada, o casco alongado e todo o seu velho sistema de propulsão foi substituído por maquinaria diesel-eléctrica. Esta, que desenvolve uma potência de 27 000 cv, garante-lhe uma velocidade de cruzeiro de 16 nós em mar aberto. Este navio goza de uma autonomia de 205 dias. Actualmente, o «Louis S. St Laurent» desloca 15 324 toneladas e mede 119,90 metros de comprimento por 24,38 metros de boca. O seu porto de abrigo é o de St. John's, na Terra Nova. De onde continua a oferecer os seus préstimos à navegação que se aventura nalguns dos mares mais hostis do mundo.

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