sexta-feira, 20 de setembro de 2013

«TETE»

///////// Lancha-canhoneira da Armada Portuguesa, que operou em águas fluviais de Moçambique entre os anos de 1903 e 1917. A não confundir, pois, com embarcações com o mesmo nome, utilizadas, antes e depois, pela marinha de guerra lusa. A «Tete» (segunda do nome) foi construída, em Cacilhas, em 1903, pela empresa Parry & Son. Tinha casco de aço, deslocava 70 toneladas e apresentava as seguintes dimensões : 30,47 metros de comprimento; 3,20 metros de boca; 0,55 metro de calado. Concebida para navegar em águas rasas, a «Tete» era propulsionada por uma máquina a vapor de 100 cv, que accionava uma roda de pás situada à ré e que lhe proporcionava uma velocidade máxima de 10 nós. Estava armada com 2 peças de artilharia de 37 mm (2 canhões-revólver) e com 1 metralhadora de 6,5 mm. A sua tripulação era normalmente constituída por 28 homens, pertencendo parte do pessoal subalterno às tropas indígenas. A sua classe compreendeu uma outra unidade idêntica, que actuou com o nome de «Sena». A zona operacional da lancha-canhoneira «Tete» compreendia o Zambeze e alguns braços deste rio situados na região de Chinde. Foi destruída em 1917 por explosão da caldeira. No desastre morreu o seu oficial comandante. Como Portugal estava, nessa época, em guerra com a Alemanha imperial (na Europa, mas também em África), aventou-se a hipótese da perda da «Tete» ter sido provocada por agentes germânicos. Mas nunca foi possível provar essa teoria.

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