domingo, 16 de junho de 2013

«ZEPPELIN»

////////// Construído pelos estaleiros Vulkan AG, de Bremen-Vegesack, em 1914, este paquete alemão pertenceu à frota da companhia Norddeutscher Lloyd. Deslocava 22 000 toneladas e media 167,70 metros de comprimento por 20, 50 metros e boca. O seu calado superava os 10 metros. O «Zeppelin» (cujo nome rendia homenagem a um célebre inventor e pioneiro da aeroestação) estava equipado com 2 máquinas a vapor de quádrupla expansão (desenvolvendo 1 850 nhp de potência) e com 2 hélices. A sua velocidade de cruzeiro rondava os 15 nós. Podia receber a bordo mais de mil passageiros, distribuídos por três classes distintas. E muito mais gente na versão de transporte de tropas; que foi a primeira das suas utilidades, visto o seu lançamento ter, praticamente, coincidido com a eclosão da 1ª Guerra Mundial. Nos últimos anos do conflito, este navio foi deixado, por precaução, no porto de Bremen. Depois do armistício, foi entregue pela Alemanha (como parte das reparações de guerra ) ao Reino Unido, que o colocou sob a administração da companhia White Star. Por pouco tempo, já que, em inícios de 1919, passou a navegar com bandeira norte-americana e com o designativo de USS «Zeppelin». Os serviços de transportes da marinha ianque (divisão de Nova Iorque) utilizou-o no repatriamento de cerca de 16 000 dos seus soldados da Europa e, a 27 de Dezembro desse mesmo ano, retrocedeu-o ao governo inglês; que, por sua vez, o colocou à disposição da Orient Steam Navigation Company. Esta casa armadora deu-lhe o nome de «Ormuz» e pô-lo na sua linha Londres-Austrália, onde o navio permaneceu até 1927. Ano em que este paquete voltou às mãos do seu primeiro armador, a N.D.L.; que lhe deu o nome (derradeiro) de «Dresden» e o colocou na carreira de Nova Iorque. No dia 20 de Junho de 1934, já em pleno consulado de Adolf Hitler, o navio navegava, no litoral norueguês, com cruzeiristas de uma organização hitleriana -a KdF, Kraft durch Freude- quando foi embater violentamente numas rochas da ilha de Aregrunden. Como medida de segurança, o navio foi dali removido e encalhado voluntariamente perto da localidade de Blikshaven, na vizinha ilha de Karmoy. O resgate dos passageiros e tripulantes do ex-«Zeppelin» foi assegurado por várias embarcações, que responderam aos pedidos de socorro do navio acidentado. Durante essa operação morreram quatro pessoas. Julgado irrecuperável, o velho paquete foi desmantelado 'in situ' por uma empresa especializada de Stavanger. Mas, no lugar do desastre, localizados entre 4 e 50 metros de profundidade, ainda hoje se podem encontrar alguns destroços do navio em apreço.

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