sexta-feira, 7 de junho de 2013
«NEA HELLAS»
Construído em 1922 pelos estaleiros da empresa escocesa Fairfield Govan, este paquete navegou até 1939 com o primitivo nome de «Tuscania» e com as cores do armador Anchor Line. Salvo durante um curto período compreendido entre 1926 e 1930, em que foi alugado à Cunard e arvorou a prestigiosa bandeira esta empresa de navegação. Em 1939, o navio foi adquirido pela companhia General Steam Navigation of Greece (vulgo Greek Line), que lhe deu o novo nome de «Nea Hellas». Em 1941, perante a situação vivida no Mediterrâneo oriental, que culminaria com a ocupação da Grécia pelas tropas nazis, o navio foi apreendido pelo Ministério da Guerra do Reino Unido, que o utilizou como transporte de tropas. Depois do conflito, em 1947, o «Nea Hellas» foi devolvido ao seu legítimo proprietário que o utilizou até 1959 (sobretudo, no transporte de emigrantes) nas rotas da América do norte. Curiosamente, foi este navio que assegurou o transporte da segunda leva importante de emigrantes portugueses para o Canadá; desembarcando 102 madeirenses, no porto de Halifax (Nova Escócia), a 1 de Junho de 1953.O «Nea Hellas» foi considerado obsoleto em 1959 e vendido para demolição a uma empresa japonesa, que procedeu ao seu desmantelamento num estaleiro de Mihara. O navio em apreço (cujo derradeiro nome significava 'Nova Grécia') apresentava cerca de 17 000 toneladas de arqueação bruta e media 168,30 metros de comprimento por 21,40 metros de boca. O seu sistema propulsivo compreendia 6 turbinas a vapor e 2 hélices, que lhe facultavam uma velocidade de cruzeiro de 16 nós. A sua capacidade, limitada a algumas centenas de viajantes em tempo de paz, chegou a atingir 3 000 tropas durante a segunda grande guerra.
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