sábado, 25 de maio de 2013
«AMOROSO»
Não se conhece ao certo o ano e o lugar da sua construção, mas sabe-se que o varino «Amoroso» -que é, hoje, património do Ecomuseu Municipal do Seixal- já estava devidamente registado em 1921. E que, por essa altura, se chamava «Eduardo» e assegurava tráfego de mercadorias diversas entre Abrantes e a capital. O seu nome actual é bastante antigo, pois data do ano de 1945. Da sua condição de vulgar cargueiro (de cereais, palha, cortiça, sal, areia, materiais de construção, etc), esta bela embarcação de outrora passou a dedicar-se, nos nossos dias, aos passeios promovidos no rio Judeu e estuário do Tejo pela entidade à qual pertence. A sua lotação máxima foi fixada em 80 passageiros. O varino (que é uma embarcação semelhante à fragata, mas de menor porte) «Amoroso» tem 75 toneladas de arqueação bruta e mede 24,05 metros de comprimento por 6,22 metros de boca. A sua tripulação era constituída por um arrais e por dois ou três moços de bordo. Como medida de segurança e por imposição legal, foi-lhe adaptado um motor auxiliar. Que é um Cummins de 115 cv. Com o seu típico mastro implantado à vante, mas sensivelmente inclinado para a ré, e com a sua bonita e colorida proa, o «Amoroso» é um dos belos exemplos de preservação de embarcações tradicionais estuarinas. Daquelas que, até meados do século passado, ainda percorriam o rio Tejo, de Lisboa até à sua confluência com o Zêzere. A fotografia que ilustra este texto foi subtraída, com a melhor das intenções, de um blogue ligado ao município do Seixal.
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