sábado, 20 de julho de 2013

«SELANDIA»

Construído, em 1912, nos estaleiros da firma Burmeister & Wain, de Copenhague, este misto (passageiros/carga) de bandeira dinamarquesa foi o primeiro navio de alto mar a ser equipado com motores diesel. O «Selandia» pertenceu à casa armadora EAC, uma empresa vocacionada para o comércio com o Extremo Oriente, que assegurou uma linha comercial regular entre a capital da Dinamarca e Banguecoque (Tailândia), com escala em Génova. O «Selandia», deslocava 4 950 toneladas, media 112,80 metros de comprimento por 16,20 metros de boca e estava desprovido de chaminé, fazendo-se a evacuação de fumos através do mastro de ré, que, obviamente, era oco. As suas 2 máquinas a gasóleo (8 cilindros, 4 tempos) desenvolviam uma potência de 1 250 cv e accionavam 2 hélices. Este sistema e propulsão (revolucionário para a época) garantia-lhe uma velocidade de cruzeiro de 12 nós. Segundo estimativas, a passagem do carvão para o diesel foi muito benéfica para o meio ambiente, já que as emissões de CO2 foram, de uma assentada, reduzidas de 50%. Desconhecemos o número de passageiros que podiam tomar lugar a bordo do «Selandia», mas sabemos que este navio disponibilizava -aos viajantes mais afortunados- 20 camarotes de luxo, 'de tamanho excepcional' e dotados com sanitários e casa de banho privativos. Este navio histórico mudou de mãos e de nome duas vezes, a partir de 1936. Com efeito, documentos referem-no com o designativo de «Norseman» e bandeira norueguesa (até 1940) e, depois, com o nome de «Tornator» e pavilhão da Finlândia. Alugado a um armador nipónico, este navio naufragou -no dia 26 de Janeiro de 1942, em circunstâncias que desconhecemos- ao largo de Omaisaki, no Japão.

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