quinta-feira, 18 de julho de 2013
«GEORGE W. WELLS»
Construído no estaleiro de Holly M. Bean, de Camden (estado do Maine), que o lançou à água no dia 4 de Agosto de 1900, perante uma multidão de mais de 10 000 pessoas, o «George W. Wells» foi o primeiro veleiro de 6 mastros realizado nos Estados Unidos, quiçá no mundo. Destinado ao transporte diversificado de mercadorias (especialmente carvão e madeiras), este navio apresentava 2 970 toneladas de arqueação bruta e media 99 metros de comprimento por 14,70 metros de boca. O que fez dele um dos maiores navios com casco de madeira jamais construídos. Segundo a configuração do seu velame, os norte-americanos classificaram o «George W. Wells» na categoria das escunas e nós tê-lo-íamos designado como um lugre. Este navio, pertenceu à companhia de transportes marítimos de John S. Crowley e custou 125 000 dólares. A sua área de navegação estendia-se das costas do estado de Massachusetts até ao sul da ilha de Cuba. Durante a sua vida activa, apenas se assinala um abalroamento (em 1901) com o seu congénere «Eleanor A. Percy»; que não teve grandes consequências, a não ser noticiosas, visto os dois navios serem, nessa época, os dois únicos navios de 6 mastros à tona de água. O «George W. Wells» teve um triste fim, já que -em consequência de uma medonha tempestade- encalhou em Diamond Shoals, nas imediações do cabo Hatteras, no dia 13 de Setembro de 1913. Todas as pessoas que e encontravam a bordo (20 homens, 2 mulheres e 2 crianças) foram resgatadas, assim como o gato Fluffy, pelos valentes e abnegados salva-vidas do Hatteras; que, para tanto, tiveram que afrontar chuva rija e ventos ciclónicos. O navio naufragado (que no dia do acidente navegava de Boston para Fernandina Beach, na Florida) acabou por ser desmantelado pelos elementos naturais, mas, ainda há alguns anos atrás, restos do seu casco eram visíveis no areal de Ocracoke, na Carolina do Norte.
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