domingo, 7 de julho de 2013

«ASHIGARA»

Cruzador pesado da marinha imperial japonesa. Pertencia à classe 'Myoko', que compreendeu três outras unidades. O «Ashigara» (cujo nome evocava uma montanha do Japão) foi construído em 1928 nos estaleiros navais da empresa Kawasaki, de Kobe. Deslocava mais de 13 300 toneladas em plena carga e media 203,76 metros de comprimento por 19 metros de boca. O seu calado era de 5,03 metros. O poderoso sistema propulsivo que equipava este navio permitia-lhe atingir pontas de velocidade da ordem dos 36 nós e dispor de uma autonomia de 8 000 milhas náuticas (com andamento reduzido a 14 nós). Do seu armamento principal destacavam-se 10 canhões de 203 mm, 6 de 120 mm (substituídos em 1935 por 8 peças de 127 mm) e 12 tubos lança-torpedos de 610 mm. Dispunha de uma catapulta a vapor para poder utilizar 1 hidro. Do historial do cruzador «Ashigara» há que lembrar a sua participação (em Dezembro de 1937) no salvamento dos passageiros e tripulantes do paquete norte-americano «President Hoover», que, a 11 desse mês, encalhou (devido a um tufão) nas costas da ilha Formosa, a actual Taiwan. A guarnição do navio em apreço mái-la de um contratorpedeiro da classe 'Mutsuki' conseguiram resgatar 883 pessoas do navio em dificuldade e colocá-las a salvo. Durante a 2ª Guerra Mundial, o «Ashigara» participou nalguns dos combates mais violentos do conflito, tais como a batalha das Filipinas (1941/42), a batalha do mar de Java (1942) e a batalha do Golfo de Leyte (1944). No segundo desses embates contra as forças navais dos Aliados, o «Ashigara» foi co-responsável pelo afundamento do HMS «Exeter» e do HMS «Encounter». E, em Dezembro de 1944, este cruzador nipónico sofreu -aquando das operações de desembarque das forças norte-americanas em Mindoro (Filipinas)- violento ataque aéreo inimigo, que lhe causou graves danos. Reparado, o «Ashigara» voltou aos combates no Índico. Mas, a 8 de Junho de 1945, quando se dirigia de Batávia para Singapura (com 1 600 soldados a bordo), o cruzador japonês sofreu ataques de vários submarinos da armada dos Estados Unidos, acabando por ser alvejado com cinco torpedos expedidos a menos e 4 000 metros do alvo, que o afundaram. 853 tripulantes do cruzador (incluindo o seu capitão, Hayao Miura) e cerca de 400 soldados foram resgatados pelo 'destroyer' «Kamikaze», que foi testemunha da sua destruição.

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