sábado, 18 de outubro de 2014

«MOREA»

Paquete de bandeira britânica construído em 1908 nos estaleiros da Barclay Curle & Company, de Glásgua, por encomenda da P. & O. (Peninsular & Oriental Steam Navigation Cº.). As suas 2 máquinas a vapor de quádrupla expansão (acopladas a 2 hélices), desenvolviam uma potência total de 15 000 hp, que lhe conferiam uma velocidade máxima de 17 nós. Destinado a assegurar ligações regulares entre a Europa (Reino Unido) e a Índia e a Austrália, o «Morea» apresentava-se como um navio de 10 890 toneladas de arqueação bruta, medindo 171,30 metros de comprimento por 18,64 metros de boca. O seu calado era de 10 metros. Este paquete, irmão gémeo do «Malwa» e do «Mantua», tinha uma tripulação de 307 membros e podia receber, nos seus camarotes, 407 passageiros de 1ª classe e 200 de segunda. O seu nome faz referência à península do Peloponeso, também designada por Moreia. Este navio não teve praticamente história digna de ser contada até 1914. Mas diz-se que, nesse ano em que se iniciou a Grande Guerra, escapou, quase por milagre, a um ataque do «Emden», cruzador ligeiro da armada imperial alemã, que operou como navio corsário nas águas australianas; onde seria afundado. Depois desse incidente, o «Morea» foi requisitado pelas autoridades navais britânicas e transformado, sucessivamente, em navio-hospital e transporte de tropas. Também é referido que, em Janeiro de 1918, o «Morea» tenha sido alvo de um ataque por torpedo ao largo de Portsmouth; mas a atenção dos vigias do navio permitiu uma manobra evasiva, que evitou que fosse atingido pelo fogo inimigo. Depois do conflito, este navio sofreu grandes trabalhos de restauro, antes de ser colocado, de novo, no serviço de passageiros. O «Morea» terminou a sua actividade em 1930. Ano em que foi levado para Kobé, no Japão, onde se procedeu à sua demolição.

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