sábado, 16 de fevereiro de 2013

«SLAVA»


 
O «Slava» (cujo nome significa ‘Glória’) foi o último submarino operado pela armada búlgara. Construído na extinta União Soviética na década de 50 do passado século, este submersível pertenceu a uma classe localmente chamada ‘Projecto 633’ (derivada do modelo alemão ‘Tipo XXI’) e designada pela NATO com o código de ‘Romeo’. Este navio fez parte de um lote de cinco unidades fornecida àquele país dos Balcãs, membro do Pacto de Varsóvia. O «Slava» teve uma vida operacional excepcionalmente longa, visto ter servido durante meio século na marinha de guerra da Bulgária. Os submarinos ‘Romeo’ eram navios de patrulha oceânica e de ataque, que utilizavam propulsão clássica e que também serviram nas armadas chinesa, norte-coreana, síria, argelina e egípcia. As suas características principais eram as seguintes : 1 750 toneladas de deslocamento em imersão; 76,60 mtros de comprimento; 6,70 metros de boca. Estavam equipados com 2 máquinas diesel e com 2 motores eléctricos, que lhe garantiam uma velocidade máxima de 17 nós à superfície e de 14 nós em imersão. A sua autonomia era, aproximadamente, de 16 000 milhas náuticas e a sua guarnição constituída por 54 homens (oficiais, sargentos e praças). O seu equipamento bélico consistia em 6 tubos lança-torpedos, 2 dos quais se situavam à popa do navio. A armada da Bulgária teve uma frota de submarinos desde 1916 e perdeu essa arma e as suas capacidades específicas em finais de 2011, com a retirada do «Slava» (que vai integrar o património de um museu) do serviço activo. A vetustez do «Slava» era de tal modo visível, que certos observadores militares ocidentais afirmaram que tripulá-lo constituía «um verdadeiro acto de coragem».

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