O
«Slava» (cujo nome significa ‘Glória’) foi o último submarino operado pela
armada búlgara. Construído na extinta União Soviética na década de 50 do
passado século, este submersível pertenceu a uma classe localmente chamada ‘Projecto
633’ (derivada
do modelo alemão ‘Tipo XXI’) e designada pela NATO com o código de ‘Romeo’. Este
navio fez parte de um lote de cinco unidades fornecida àquele país dos Balcãs,
membro do Pacto de Varsóvia. O «Slava» teve uma vida operacional
excepcionalmente longa, visto ter servido durante meio século na marinha de
guerra da Bulgária. Os submarinos ‘Romeo’ eram navios de patrulha oceânica e de
ataque, que utilizavam propulsão clássica e que também serviram nas armadas
chinesa, norte-coreana, síria, argelina e egípcia. As suas características
principais eram as seguintes : 1 750 toneladas de deslocamento em imersão; 76,60 mtros de
comprimento; 6,70 metros
de boca. Estavam equipados com 2 máquinas diesel e com 2 motores eléctricos,
que lhe garantiam uma velocidade máxima de 17 nós à superfície e de 14 nós em imersão. A sua
autonomia era, aproximadamente, de 16 000 milhas náuticas
e a sua guarnição constituída por 54 homens (oficiais, sargentos e praças). O
seu equipamento bélico consistia em 6 tubos lança-torpedos, 2 dos quais se situavam
à popa do navio. A armada da Bulgária teve uma frota de submarinos desde 1916 e
perdeu essa arma e as suas capacidades específicas em finais de 2011, com a
retirada do «Slava» (que vai integrar o património de um museu) do serviço
activo. A vetustez do «Slava» era de tal modo visível, que certos observadores
militares ocidentais afirmaram que tripulá-lo constituía «um verdadeiro acto de
coragem».
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