sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
«CHARLES DE GAULE»
Este navio (com um outro ainda por construir e que deverá chamar-se «General Leclerc») veio substituir os velhos porta-aviões da armada francesa «Clemenceau» e «Foch». Movido por energia atómica, o «Charles De Gaulle» (R91) é uma unidade com 42 500 toneladas de deslocamento (em plena carga) e com as seguintes dimensões : 261,50 metros de comprimento fora a fora; 64,36 metros de largura máxima; e 12,50 metros de calado. A sua propulsão é assegurada por 2 reactores nucleares, que lhe garantem uma potência de 83 000 cv, lhe asseguram 27 nós de velocidade e uma autonomia ilimitada. Ou melhor, só limitada pela quantidade de mantimentos embarcados (120 toneladas) e pela necessidade de garantir descanso terrestre aos membros da sua guarnição de 2 000 membros. O «Charles De Gaulle» foi construído no arsenal de Brest (DCNS) e colocado em serviço operacional em Maio de 2001. Depois de alguns problemas de 'mise-au-point', que o condenaram a um período dito de indisponibilidade periódica, o navio e o seu grupo aeronaval -que compreende 36 aeronaves, entre as quais figuram moderníssimos aviões de combate 'Rafale Marine'- integraram a esquadra do Mediterrâneo, que está sedeada no porto de guerra de Toulon. Além de ter realizado treinos com marimhas de guerra amigas (Índia, NATO), este poderoso porta-aviões já participou em operações bélicas contra os talibans afegãos, no quadro das operações 'Agapanthe' e 'Enduring Freedom'. O «Charles De Gaulle» está dotado com armamento defensivo/ofensivo impressionante, que compreende, além de peças de artilharia clássica, nada menos do que 14 rampas lança-mísseis. O seu corpo de aviação compreende 12 'Rafale Marine', 16 Super-Étendard' (modernizados), 2 aviões de detecção radar 'Hawkeye', helocópteros 'Cougar' (1), 'Caracal' (2), 'Dauphin' (2) e 'Alouette' III SAR (1). 700 membros da tripulação do «Charles De Gaulle» estão afectados ao seu grupo aéreo. Este navio apresenta uma taxa de disponibilidade da ordem dos 70%, podendo os seus aviões executar 100 missões diárias. Último detalhe : este porta-aviões nuclear (que é o único navio do seu género jamais construído no Ocidente, à excepção dos EUA) custou a faraminosa soma de 3 biliões de euros. Ou seja metade do valor dispendido pela 'US Navy' para realizar o seu «Ronald Reagan». É de crer que a crise actual ponha termo (pelo menos temporariamente) a gastos tão importantes como os que aqui estão em causa. Daí o já referenciado porta-aviões «General Leclerc» ter futuro incerto.
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