domingo, 2 de fevereiro de 2014
«KOSMONAUT YURI GAGARIN»
Navio científico que hasteou, durante quase duas décadas, a bandeira vermelha da União Soviética. Pertenceu à frota da Academia de Ciências da U.R.S.S. e foi concebido para rastrear e monitorizar comunicações via satélite, nomeadamente quando as órbitas dos engenhos não-tripulados que as emitiam se desenvolviam fora das fronteiras nacionais. Este navio (que também participou activamente no programa russo-americano Apollo-Soyous) teve um irmão gémeo no «Academik Serghei Karolev»; que, tal como o «Kosmonaut Yuri Gagarin» foi mandado para a sucata logo após o colapso dos regimes comunistas do leste europeu. Estes navios caracterizavam-se fisicamente pelo seu grande porte (53 500 toneladas) e pelas suas impressionantes antenas parabólicas, fixadas em 4 torres implantadas ao longo do casco. O «Kosmonaut Yuri Gagarin» -nome que lhe foi atribuído para honrar o primeiro herói do espaço- media 230 metros de comprimento por 31 metros de boca. Foi construído nos Estaleiros do Báltico de Leninegrado (a actual cidade de São Petersburgo), que o deram por concluído em 1971. Era um navio de propulsão clássica (turbinas a vapor), que gozava de uma autonomia de 24 000 milhas náuticas (com andamento reduzido) e que podia atingir a velocidade máxima de 17,7 nós. A sua guarnição era composta por 160 oficiais e marinheiros. 180 técnicos e cientistas podiam tomar lugar a bordo e ali desenvolver os seus trabalhos. Aquando do colapso político da União Soviética, o «Kosmonaut Yuri Gagarin» encontrava-se baseado num porto do mar Negro, de modo que passou a pertencer à Ucrânia, nova nação que se responsabilizou pela sua desactivação e pelo seu pouco glorioso fim. Recheado com moderníssimos sensores, sistemas de processamento e outro equipamento electrónico de topo, o «Kosmonaut Yuri Gagarin» não tinha, no entanto e apesar do seu tamanho, uma pista para operar helicópteros.
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