domingo, 17 de março de 2013
«NACHI»
Cruzador pesado da armada imperial japonesa, pertencente à classe 'Myoko'. Foi construído pelo arsenal de Kure, que o lançou à água a 15 de Junho de 1927. O «Nachi» deslocava 13 500 toneladas em plena carga e media 201,70 metros de comprimento por 20,73 metros de boca. O seu sistema propulsor (caldeiras/turbinas a vapor) desenvolvia uma potência de 130 000 shp, força que lhe proporcionava uma velocidade máxima de 36 nós e que lhe facultava uma autonomia de 9 200 milhas náuticas com andamento reduzido a 14 nós. O «Nachi», que tinha uma guarnição de cerca de 1 000 homens, estava poderosamente armado, sendo a sua artilharia principal constituída por 10 canhões de 203 mm, por 6 de 120 mm e por 12 tubos lança-torpedos de 610 mm. Operava 2 hidroaviões de reconhecimento aéreo e de regulação de tiro. O seu baptismo de fogo teve lugar nos mares da Insulíndia em Fevereiro de 1942. Também combateu, nesse mesmo mês e ano, as forças aeronavais norte-americanas na batalha do Mar de Java. E, no dia 27 de Fevereiro, foi um dos dois navios nipónicos que, a sul da ilha de Borneo, combateu e afundou os vasos de guerra britânicos «Exeter» e «Encounter». Em meados de 1943, este cruzador esteve envolvido no ataque de diversão contra as ilhas Aleutas, de onde saíu danificado pelo fogo inimigo. Depois de reparado, no Japão, voltou à acção em águas das Filipinas, participando -em Outubro de 1944- na campanha de Leyte. Implicado, a 25 desse mesmo mês, na batalha naval do estreito de Surigao, foi o protagonista infeliz de uma colisão com o «Mogami». A sua perda ocorreu pouco depois -a 5 de Novembro de 1944- quando se encontrava fundeado na baía de Manilha e ali sofreu os ataques de três vagas de aparelhos norte-americanos provenientes dos porta-aviões «Lexington» e «Ticonderoga». Atingido uma dezena de vezes com torpedos, bombas e foguetes, o cruzador da armada de Hiro Hito explodiu e desapareceu numa grande mancha de óleo. No desastre pereceram cerca de 800 dos seus tripulantes, entre os quais se contou o seu próprio comandante. O estratego Kiyohide Shima -que tinha no «Nachi» o seu navio-almirante- encontrava-se em terra, no momento do ataque, para presidir uma conferência. Mas, ainda assim, teve tempo para assistir, 'de visu', à destruição total deste seu poderoso cruzador.
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