Este
lugre bacalhoeiro –primitivamente chamado «Brilhante»- foi construído, em 1921,
por José Lopes Ferreira Maiato, nos estaleiros da Companhia Marítima de Transportes
e Pesca, sitos na cidade de Viana do Castelo. O comanditário do navio foi a
Sociedade Vianense de Cabotagem, Lda. e o bota-abaixo teve lugar a 5 de Maio
desse mesmo ano, na presença de muito povo e do seu primeiro comandante,
capitão José Bixirão, natural de Ílhavo. Com 350,67 toneladas de arqueação
bruta, este navio media 47,25
metros de comprimento, por 9,97 metros de boca e
por 3,82 metros
de pontal. Por já não ter tido tempo para se apetrechar e carregar mantimentos
e sal, este veleiro de 3 mastros não foi ao bacalhau durante a campanha de
1921, compensando essa perda pela realização de algumas viagens de cariz
comercial. Inscrito inicialmente na capitania de Viana do Castelo, o
«Brilhante» viu o seu registo ser transferido para o porto de Aveiro em 1922, ano
em que mudou de proprietário e passou a pertencer à Sociedade Condestável, Lda..
Que lhe alterou o nome para «Condestável» e o estreou nos Grandes Bancos da
Terra Nova nesse mesmo ano. Segundo as parcas informações disponíveis sobre
este navio (a não confundir com um seu homónimo de 4 mastros, construído em
1948), o «Condestável» terá naufragado, por alquebramento, em águas biscaínas
no ano de 1929. Tendo, todos os seus tripulantes, sido salvos pelo paquete
francês «Marrakech» (da Compagnie Générale Transatlantique), que, então,
assegurava a carreira Bordéus-Casablanca. Segundo as mesmas escassas fontes, o
bacalhoeiro português viajava para as tradicionais zonas de pesca do Canadá,
não se percebendo, pois, porque razão se afundou numa posição tão a leste da
rota habitual seguida pelos pesqueiros lusos. Curiosidade : não conhecemos
nenhuma iconografia referente a este navio. A imagem publicada não representa o
navio em apreço, mas a silhueta de um congénere.
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