Lugre
patacho registado em 1874 na capitania do porto de Viana do Castelo. Era um
navio com casco em madeira, 3 mastros e com (segundo as parcas informações
disponíveis) umas 600 toneladas de deslocamento. Terá sido adquirido (onde ?)
por um armador nortenho de nome José Magalhães, para substituir um veleiro denominado
«Mentor I». O lugre em apreço era um navio misto, na medida em que
combinava o serviço de passageiros com o transporte de mercadoria
diversificada. O seu primeiro comandante foi o capitão Camilo Férinha e o seu
destino de preferência era o Brasil. País para onde levava, além de emigrantes,
correio, louça, cordoaria, ferragens, telhas, tijolos, etc. E de onde trazia,
para a Europa, correio e alguns produtos locais, tais como madeiras e açúcar. Segundo
noticiou o jornal «Comércio do Porto», na sua edição de sexta-feira, 12 de
Janeiro de 1877, o «Mentor II» terá sido abandonado pela sua equipagem (a 21 de
Dezembro do ano precedente, na posição 33º Norte de latitude - 37º Oeste de
longitude, ao largo da costa inglesa, depois de –na sequência de uma forte
tempestade- ter perdido todo o seu velame e de ter ficado desgovernado. A sua
equipagem (que conduzia o veleiro do Porto para Nova Iorque) foi recolhida, e
salva, pela tripulação da barca alemã «Hoffnung», que a desembarcou em Falmouth. Desconhecemos
o essencial das características técnicas do «Mentor II»; que aqui está
representado numa maqueta executada por João Gonçalves Pinto para o Museu
Municipal de Viana do Castelo. A fotografia foi retirada do catálogo da
exposição «Últimos Veleiros do Porto de Viana» e figura num ‘site’ da Internet.
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