domingo, 23 de novembro de 2014
«ISLÂNDIA»
Pouca coisa se sabe deste lugre antes da sua reconstrução em 1940 por mestre Manuel Maria Bolais Mónica, nos estaleiros da Gafanha da Nazaré. Este navio, que na sua fase final apresentava 222,30 toneladas de arqueação bruta e que media 37,75 metros de comprimento por 7,96 metros de boca, foi realizado em 1916 pelos estaleiros navais da firma W. C. McKay & Son, de Shelburn, na Nova Escócia (Canadá); sendo o seu primeiro proprietário um armador local. Foi-lhe dado o primitivo nome de «Edith M. Cavell», que usou até 1930, ano em que o dito designativo passou a ser (segundo registo da capitania do Porto) o de «Rosita». O navio -um bonito lugre com casco em madeira e 3 mastros- pertencia então ao ilhavense Cupérnico Conceição da Rocha. Depois disso, em data indeterminada da década de 30 e já com o seu nome definitivo de «Islândia», passou sucessivamente pelas mãos da Sociedade dos Armadores do Porto (da Invicta) e, em 1939, da Santos Mónica & Lau, de Aveiro. Que o utilizaram em campanhas de pesca longínqua, mas também e em alternância, no tráfego mercantil entre os portos portugueses e destinos no Mediterrâneo e no golfo de Biscaia. O seu fim chegou no dia 14 de Março de 1945 (a dois escassos meses de terminarem, na Europa, os combates da 2ª Guerra Mundial), por encalhe na costa norte de Espanha. Os seus 10 tripulantes foram (sem excepção) salvos pelo recurso aos botes de bordo. Nesta derradeira fase da sua vida activa, o «Islândia» já estava equipado com 1 pequeno motor auxiliar de 130 bhp.
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